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INGLATERRA

Primeiro-ministro denuncia insultos racistas contra jogadores ingleses na Hungria

Boris Johnson espera medidas enérgicas da confederação europeia

postado em 03/09/2021 09:50 / atualizado em 03/09/2021 09:55

<i>(Foto: Attila KISBENEDEK / AFP)</i>
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou nesta sexta-feira (3) os insultos racistas "totalmente inaceitáveis" contra os jogadores da Inglaterra durante o jogo de qualificação para a Copa do Mundo de 2022, ontem, em Budapeste, e pediu à FIFA que aja. 

"É totalmente inaceitável que jogadores da seleção inglesa tenham sido alvo de insultos racistas ontem à noite (quinta-feira) na Hungria", tuitou Johnson.

O chefe de governo pediu à FIFA que "tome medidas enérgicas contra os responsáveis para garantir que esse tipo de comportamento vergonhoso seja erradicado para sempre".

Veículos da imprensa britânica, como a BBC e a Sky News, relataram os gritos racistas dirigidos aos jogadores negros Jude Bellingham e Raheem Sterling durante a vitória da Inglaterra por 4-0.

"Eu não ouvi", disse o capitão da Inglaterra, Harry Kane, à ITV.

"Vou falar com os rapazes para ver se ouviram alguma coisa", acrescentou. 

E, caso isso se confirme, será comunicado à UEFA, afirmou, dizendo esperar medidas enérgicas em resposta. 

Pouco antes da partida, os jogadores ingleses também foram vaiados pela maioria dos 60 mil torcedores húngaros por se ajoelharem para denunciar o racismo. 

Em 2019, uma partida de qualificação para a Eurocopa 2020, em que a Inglaterra venceu a Bulgária, foi marcada por explosões racistas. O episódio gerou indignação no Reino Unido e nos organismos europeus de futebol. 

Em julho, Johnson anunciou sua intenção de proibir o acesso aos estádios de torcedores que proferirem insultos racistas contra os jogadores na Internet. A declaração foi dada na esteira dos ataques sofridos por três jogadores negros da seleção inglesa, após a derrota na final da Eurocopa 2020 para a Itália.

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