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Faltas, desarmes e marcação apertada: números embasam trabalho defensivo do Náutico na Série B

Timbu jogou contra CSA e Vitória e ainda não teve meta vazada, ou, sequer, viu seu goleiro ser forçado a defesa difícil

postado em 09/06/2021 07:00 / atualizado em 09/06/2021 07:58

<i>(Foto: Tiago Caldas/CNC)</i>
Há 183 minutos o Náutico não sabe o que é tomar um gol - isso além dos acréscimos. Nesta Série B, a meta alvirrubra ainda não foi vazada nenhuma vez, o que garantiu dois jogos de maior tranquilidade até agora neste início de jornada nacional. O mérito é dividido por toda a equipe, como sempre reafirmam o treinador Hélio dos Anjos e os jogadores, o que também fica provado nos números, com o Timbu já se destacando na marcação.

Após duas rodadas da Série B, apenas quatro times seguem sem gols sofridos: Brusque, Goiás, Sampaio e, claro, o Náutico. Para o Timbu, isso tem um sabor especial, uma vez que o time vinha de 10 jogos seguidos sofrendo gols no Pernambucano. Isso acontece pelo forte trabalho defensivo que, ou evita o chute do adversário, ou o dificulta, o que foi bastante perceptível nas duas primeiras partidas do time, contra CSA e Vitória.

Segundo scouts da plataforma especializada FBref, sob os quais se baseiam os números levantados nesta matéria, na estreia, os alagoanos só finalizaram cinco vezes, sendo apenas uma na direção do gol. Contra os baianos, o número foi bem maior: 21 finalizações sofridas, seis na direção da barra. Todas, porém, foram em jogadas acompanhadas de perto pela defesa, o que fez com que os chutes fossem de longe ou sem grande dificuldade para o goleiro Alex Alves. Assim, mesmo com sete defesas feitas, o goleiro ainda não foi forçado a nenhuma defesa difícil.

Para conseguir isso, o Náutico vira uma equipe muito faltosa, parando sempre o jogo. Das 99 faltas que aconteceram em seus dois jogos, 63 foram cometidas pelo Timbu, 18 a mais que o Goiás, segundo time mais faltoso. Ainda assim, o time consegue ter um dos melhores registros disciplinares do campeonato, o que dá base para o bom uso das faltas.

Mesmo sem falta, o Náutico consegue ser superior na defesa. Com 20 bolas roubadas, o Timbu é o quinto melhor time neste fundamento, além de ter 20 outros cortes que não manteve a posse segura da bola. Os números individuais esclarecem como é um trabalho coletivo. Entre os principais jogadores em interceptação e roubo de bola no campeonato, figuram o zagueiro Wagner Leonardo, o lateral Bryan e os atacantes Erick e Vinícius.

O principal destaque é o jovem zagueiro, que já cortou seis bolas e roubou outras duas. Destaque pela sua velocidade, ele explicou como as suas características o ajudam a ter um bom desempenho defensivo. "Eu acredito que ganho um pouco de vantagem por ter esse biotipo um pouco mais leve, em virtude das recuperações, antecipações. Quando a gente pega atacantes mais fortes, eles gostam muito de contato. Por ter essa característica mais leve, eu consigo praticar a antecipação, dar mais espaço para ele não poder me achar".

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