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Candidatos à presidência do Náutico: Diógenes Braga projeta mais acerto nas contratações

Atual vice-presidente de futebol ainda revelou nomes para diretoria do clube; utilização da base pode ser maior na próxima temporada

postado em 01/12/2021 08:00 / atualizado em 01/12/2021 08:45

<i>(Foto: Rafael Vieira/Esp.DP Foto)</i>
Terminando a série de entrevistas com os candidatos à presidência do Náutico, o Esportes DP conversou com Diógenes Braga, atual vice-presidente de futebol do clube alvirrubro, e concorrente na eleição do próximo dia 5 pela chapa Avança Náutico. O dirigente é o sucessor natural do atual presidente Edno Melo, já que acompanha a gestão desde seu início, quando o grupo venceu a eleição realizada no final de 2017.

Diógenes confirmou três nomes que irão compor a gestão de futebol do Timbu. Gilberto Correia como vice de futebol, Eduardo Belo como vice financeiro, e Roberto Selva como vice jurídico. Sobre a atual temporada, o candidato admitiu que, apesar de conquistar muito, ficou uma frustração por não ter conquistado o acesso. O postulante ainda revelou que o clube precisa de mais acertos nas contratações no próximo ano. Confira abaixo o bate-papo:

Quem é Diógenes Braga?

Venho representando um projeto, que se iniciou quando a gente (ele e o atual presidente Edno Melo), dentro do Conselho Deliberativo, lutando pela volta aos Aflitos, fiz uma intervenção de uma convocação de uma assembleia geral para a volta ao estádio, e isso aconteceu. A partir disso, a gente brigou muito dentro do movimento da comissão paritária para esse retorno. Em 2018, assumimos o clube. Onde nos colocamos com a chapa “Resgate Alvirrubro”, a fim de resgatar a credibilidade e a competitividade do clube. Iniciamos um processo, que se desenvolveu ao longo desses quatro anos. Conseguimos avanços. O maior deles, sem dúvidas, a volta aos Aflitos. Venho para defender esse projeto para que a gente continue avançando.

Como será a gestão de futebol?

Hoje, a diretoria de futebol é composta por mim e por mais três pessoas. Esses três estão preparados para estarem à frente do futebol. São pessoas com searas definidas já. A minha ideia é que os três sejam vice-presidentes, com áreas mais direcionadas. Gilberto Correia seria o vice de futebol, Eduardo Belo o vice financeiro de futebol, e Roberto Selva o vice jurídico de futebol. Eles teriam um nível de autonomia mais alto. 

Elenco atual e de 2022 

Eu entendo que essa é uma questão da diretoria mesmo. Caso seja eleito, eu preciso gerir o clube, os departamentos. Os departamentos precisam ter sua autonomia. Então, qualquer decisão em relação a continuidade ou não de qualquer profissional tem que passar pela diretoria. Sobre 2021, entendo que não conquistamos tudo, mas conseguimos muito. Temos a frustração de não ter conseguido o acesso, mas fomos campeões pernambucanos, e, diante de uma Série B de extrema dificuldade, fizemos um campeonato sem risco de rebaixamento. Acho que é um ano que tem comemorações e frustrações. Mas um ano que termina, na minha opinião, com um saldo positivo. Teremos calendário cheio no ano que vem e revelamos atletas. A cada ano temos sido mais consistentes. 

Contratações

Acho que a gente precisava ter um índice assertivo maior nas contratações. Existiram as situações das perdas dos atletas no momento em que o mercado estava fechado, e a gente, na tentativa de repor, a quantidade de opções não era boa. Acho que o elenco que virou do ano passado para esse ano deu um lastro muito grande. E a gente tenta fazer com que o elenco que vire para o ano que vem dê esse lastro. Mas é um fato. Precisa melhorar. O futebol é isso. Aprendizado.

Como será a integração da base com o profissional?

Caso eu vença a eleição, é algo que eu vou fomentar. A gente precisa fortalecer a base. Ela é muito próspera. Ao longo desses quatro anos, a quantidade de atletas que a gente revelou é muito grande. Vou resumir dizendo que a gente conseguiu incrementar nas receitas do clube mais de R$ 10 milhões em venda de atletas. Fora os ativos que o clube tem hoje. A gente está muito seguro, que essa utilização da base é muito importante. É uma questão de colocar isso como filosofia de gestão. Eu não tenho dúvidas que a gente vai continuar revelando atletas, que vão dar um retorno técnico dentro de campo e um retorno com vendas que vão ajudar nos cofres do clube. Precisamos melhorar o alojamento da base. Academia da base. 

Quais os projetos para o centro de treinamento?

Além de ser muito difícil de cuidar dos 50 hectares, você não utiliza. Eu enxergo que a gente tem que olhar para aquela área como um potencial econômico muito grande, com uma localização no aspecto logístico espetacular. A gente precisa conseguir, evidentemente passando pelo Conselho, assembleia, fazer arrendamentos da parte da frente do CT. O arrendamento vai fazer com que o CT seja autossustentável. A gente precisa pensar fora da caixa. Não tem nada mirabolante. A gente não precisa da área inteira. Sou contra venda de patrimônio do clube. Tem que proteger e blindar. Mas o clube precisa ser inteligente e utilizar da melhor forma.

Quais os projetos para o marketing e para o sócio?

Quando a gente assumiu, o clube tinha 1800 sócios. Hoje, temos em torno de 10 mil adimplentes. Tivemos ações exitosas, como a camisa dos médicos. O Náutico teve pela primeira vez uma camisa desenhada por um torcedor. Tivemos momentos de altos e baixos. Dentro da pandemia há uma redução drástica de receita. O marketing sofreu muito com a diminuição de pessoal. A gente vem retomando isso. Não tivemos uma condição ruim, na minha visão. Tivemos o Timbu de Chernobyl. A camisa rosa. A camisa negra. Fizemos ações boas. Mas tiveram momentos que a gente não produziu. Vejo com a necessidade que a gente evolua. A pandemia freou vários projetos que a gente tinha. Vejo 2022 em uma condição muito boa para uma retomada. 

Dívidas, passivo e austeridade

O tema mais adequado é responsabilidade. Se estiver à frente do clube, os departamentos vão defender o clube. Para que a gente avance precisa de uma responsabilidade nos gastos. A gente não gasta mais do que a gente tem. Caso seja eleito, vamos ter sim uma política de responsabilidade. Rígida. Pelo respeito com o clube. A gente enxerga em fazer um clube sólido ao longo dos anos. A gente precisa ter um clube forte a cada ano. Para isso, a política de responsabilidade precisa ser de estado. Eu tenho um devaneio. Que a torcida cobre dos gestores a responsabilidade. 

Por que a Avança Náutico merece o voto do sócio?

A gente tem um projeto para que o clube avance, evolua. Para que a gente não corra o risco de iniciar novamente um processo de resgate. Para que a gente continue vendo o torcedor com autoestima. Para que a gente seja protagonista em Pernambuco. Uma frase que eu tenho dito muito: a gente tem olhar para o futuro, mas sem esquecer o passado. Nós já sofremos muito no passado. A gente quer estar à frente do clube porque a gente não quer sofrer de novo. A gente quer ver o clube sempre crescendo, sempre melhor, para que quando a gente voltar para casa ter a alegria que eu tenho todos os dias de ver meus filhos usando a camisa do Náutico.
 
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