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NÁUTICO CAMPEÃO

Magia e habilidade: Jean Carlos é o cara do bi, mesmo com expulsão

Camisa 10 timbu completou 125 jogos, levantando sua terceira taça pelo clube

postado em 30/04/2022 19:26 / atualizado em 30/04/2022 21:31

<i>(Foto: Tiago Caldas/CNC)</i>
‘Times ganham jogo, enquanto elencos ganham campeonatos.’ Essa frase é uma tônica bastante repetida nos vestiários dos clubes e, de fato, representa bem o trabalho coletivo de um clube campeão. Mas se tem um jogador que pode ser apontado como ‘a cara’ do Bicampeonato Pernambucano do Náutico, é o meia Jean Carlos. Tamanha habilidade com a bola, liderança e identificação com a camisa alvirrubra, tornaram o camisa dez timbu ‘o Mágico’ dos Aflitos. Embora essa magia não tenha sido vista no jogo do título, fruto do destempero do jogador, expulso ainda no primeiro tempo, não dá para negar que, sem ele, o caminho do Náutico teria sido ainda mais tortuoso.
 
E magia não faltou nessa caminhada de Jean Carlos até aqui, nos 125 jogos vestindo a camisa do Náutico - completados justamente neste sábado, jogo que marcou o título do Estadual. Nos Aflitos desde 2019, quando chegou para reforçar a disputa da Série C, logo se mostrou crucial para o acesso e o título na competição nacional. No ano seguinte, se consolidou de vez como o dono da camisa dez, sendo o segundo atleta com mais jogos no ano (49) e em 2021 não ficou atrás de nenhum outro atleta no quesito, com 45 partidas.

No Pernambucano do ano passado, foi um dos grandes responsáveis pelo ótimo desempenho no ataque do Náutico. Foram 28 gols da equipe em 12 jogos disputados, uma média superior a dois por partida. Jean balançou as redes duas vezes e ainda participou de muitos outros. E como bom líder, abriu a série de cobranças de pênaltis na final contra o rival Sport. Título que encerrou um longo jejum de 53 anos sem bater o rival numa decisão.

Na atual temporada, porém, o Mágico precisou conviver com o momento de baixo rendimento que afetou a equipe como um todo. O jejum de dez jogos sem marcar, pior desde que chegou aos Aflitos, e o desacerto da equipe com o ex-treinador Felipe Conceição, fizeram inclusive com que Jean visse o nº 10 aparecer nas placas de substituição. Uma cena tão incomum nos jogos do Náutico, que influenciou na demissão do técnico. Apesar disso, o meia demonstrou humildade para lidar com a situação.

“Qualquer jogador se incomoda em sair de campo. Mas a gente sabe que tem um treinador ali para gerir um grupo grande. Dizer que eu gosto, com certeza não. Eu aguento ficar em campo e geralmente saio por conta de alguma lesão, mas tem um comandante no campo e a gente tem que saber respeitar”, declarou.
 

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