[VEJAMAIS]"O ofício da Secretaria de Saúde é muito sucinto. Bem fácil de entender. Ele não recomenda fazer o pleito, é uma recomendação, não imposição. Há uma expectativa para 2 mil votantes, que foram o número das eleições passadas. Como também existe tanta estrutura diante desse número de eleitores: 20 urnas, três fiscais, o pessoal distribuindo essas fichas do clube, terceirizados que foram contratados, outros servidores do clube, como o pessoal da arrecadação. Se juntar só isso aí, dentro do clube já vai ter mais de 100 pessoas e tem que esperar o eleitor, que, no caso, são 2 mil”, afirmou o presidente.
Dentro deste cenário, ele reafirmou que, tendo feito a consulta à secretaria, ele não pode tomar sozinho a responsabilidade de realizar o pleito, apesar de já ter toda a estrutura montada para isso.
“Eu não posso assumir esse risco sozinho e o governo está dizendo que não recomenda e diz mais, a prioridade, neste momento, é salvar vidas. Eu quero que tenha eleição, porque já estou com tudo pronto, mas quem assume comigo esse problema? Porque, por exemplo, se um funcionário pega Covid e morre, isso aí é acidente de trabalho. Então se o governo não recomenda, não é o presidente do conselho que vai assumir essa bronca para ele”.
Assim, Borba convocou a situação e a oposição para selar os rumos que serão tomados quanto às chances de uma votação amanhã. “Eu tenho que chamar as chapas de oposição e a chapa de situação e dizer: 'vocês ficam responsáveis comigo?' Porque a consulta foi feita na minha mão, então não é uma engenharia simples. Eles vão chegar aqui para ter uma reunião, estou chamando o presidente do executivo, todas as pessoas, justamente para decidir: 'vai fazer?' 'Vai tentar que o governo não impeça?' Porque se eu não fizesse essa consulta, o clube poderia estar lacrado agora”.
Desmentindo ser responsável pelo adiamento da eleição, Borba reafirmou que, por enquanto, as eleições estão postergadas. “Estou sendo acusado de estar sustentando a proibição das eleições, mas vai caber tomar todos os cuidados para proteger a instituição, e a minha pessoa também, para não ser incriminado por desobediência civil (...) A priori, estão adiadas as eleições. Agora, a gente pode tentar um plano B para ver o que a gente pode fazer. Mas quando o governo diz 'eu recomendo que não faça e, como presidente, eu assumir essa para mim? Estou fora".
