Para esclarecer os motivos do encerramento do contrato, que partiu unilateralmente do clube, o presidente do Santa Cruz, Joaquim Bezerra, em contato via telefone, listou, em tom franco, as razões que resultaram no rompimento.
“A nossa gestão está trabalhando intensamente e os jogadores precisam, também, trabalhar intensamente. Todas as condições estão sendo dadas para isso. Conversas individuais, aconselhamentos, tempos para recuperação. E eles não respondem dentro de campo, basta ver os jogos que aconteceram. No futebol, a decisão tem que ser rápida, nós estamos com três derrotas na Copa do Nordeste e eu não posso esperar que a gente perca no Campeonato Pernambucano e na Copa do Brasil. Então, quem não produz, na nossa gestão, sai”, disse.
Sem vencer há quatro jogos, sendo três pela competição regional, onde é o lanterna do Grupo A, o Santa Cruz vive momento delicado neste início de temporada. Ignorando o bom rendimento dos jogadores, que constantemente estão entre os 11 iniciais, Joaquim Bezerra deixou claro que o motivo da rescisão passa pelas diretrizes da nova gestão coral, empossada há pouco menos de um mês.
“A decisão trata-se de diretrizes que foram traçadas e têm de ser cumpridas. Se o jogador é pago para jogar, ele tem que atuar com a intensidade que se requer. Se ele não está atendendo, ele tem oportunidade de explicar o porquê: não estou rendendo por isso ou por aquilo. Mas ninguém disse nada. Se eles simplesmente não estão rendendo porque não querem render, que procurem outro clube que seja rico e possa pagar o que eles querem ganhar sem produzir. O Santa Cruz, infelizmente, não é rico”.
MULTA RESCISÓRIA
Questionado sobre possíveis multas envolvendo o contrato dos atletas - Paulinho tem vínculo até dezembro de 2022 e Didira até final de 2021 -, o presidente do Santa Cruz disse que a responsabilidade está nas mãos do departamento jurídico do clube.
