Indo além das questões relacionadas às dívidas, Grafite falou sobre as propostas recebidas durante o seu momento no Santa Cruz. Inclusive, o Náutico, arquirrival do Tricolor, tentou contratá-lo, mas a negociação não andou devido à identificação com a Cobra Coral. Flamengo e Grêmio também sondaram a situação do jogador, mas prevaleceu o compromisso firmado com a diretoria em estender o vínculo no Arruda. Para publicizar tais fatos, a reportagem do EsportesDP reuniu alguns pontos citados pelo ex-camisa 23 na live realizada pelo ‘Jesus Tricolor’.
GREVE
Os jogadores já estavam decididos que queriam fazer greve, que não iriam entrar em campo. Acho que foi a penúltima rodada da série A. Eu não lembro qual jogo que foi. E nesse dia veio o Alírio, veio o Tininho, veio todo mundo e deu garantias que ia pagar no outro dia, pois já estavam com três meses de salário atrasado.
NÁUTICO
Eu nem ia jogar mais em 2017, porque eu tinha saído do Athletico Paranaense, que eu tinha tido uma lesão lá, tinha tido um desempenho muito ruim e não ia jogar mais, ia me preparar pra jogar em 2018. Aí teve uma proposta do Náutico, sentei com o pessoal, conversei, mas falei que tinha identificação muito grande com o Santa Cruz. Fui lá na casa do seu Américo, agradeci a ele e aos dirigentes do Náutico. Fiquei muito feliz com o convite, eles queriam me pagar muito mais do que eu ganhava no Santa, mas não seria justo com a torcida.
PROPOSTAS
Quando eu assinei a renovação com o Santa, em 2016, eu recusei o Grêmio e o Flamengo para ficar no Santa. Com o Flamengo, o Rodrigo Caetano foi ao Recife, sentou comigo e, antes deles contratarem o Guerrero, falou: ‘A gente quer você, você é o cara, salário aqui não tem problema, a gente vai cobrir o que você ganha e te dar até mais”. E eu tinha dado minha palavra que ia ficar. Eu balancei com o Grêmio porque eu tinha certeza que ia me dar bem lá. Só que eu tinha dado a minha palavra e não podia voltar atrás. Renovei com o Santa e ele não me pagou mais.
DÍVIDA
Fiz um acordo com o Alírio para quitar a premiação do acesso e os seis meses de 2017, que dava R$ 1,6 milhão na época. Assinamos um termo, mas ele não pagou [...] Até hoje está aí, o processo está em andamento.
