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SANTA CRUZ

Sondagens, maus resultados e desconfiança: o tamanho do desafio de Roberto no Santa Cruz

Em quatro partidas, comandante ainda não encontrou o equilíbrio

postado em 13/07/2021 08:07 / atualizado em 13/07/2021 14:35

<i>(Foto: Rafael Melo/SCFC)</i>
Prestes a completar um mês no Arruda, Roberto Fernandes encontra o Santa Cruz em um momento ainda mais turbulento do que o deixado, em junho, pelo ex-treinador Bolívar - que sequer viu seus comandados balançarem as redes na Série C. Afinal, nos quatro jogos da Cobra sob a sua regência, o time tem demonstrado pouca evolução técnica, segue sem vencer e está, mais do que nunca, afundado na lanterna do Grupo A do certame nacional.

“Comento com amigos, desde que assumi o desafio do Santa Cruz, que peguei exatamente o convexo do que vinha sendo minha temporada. Não tenho dúvida em afirmar que este é o meu pior início de trabalho em qualquer clube que dirigi na minha vida. Nunca assumi um time para ficar quatro rodadas sem vitórias”, disse o treinador após a derrota diante do Altos-PI, a 15ª de 2021.

A entrevista coletiva deste sábado (10) representa o clima conturbado dos corredores do Arruda. Não pelo conteúdo, mas pela condução extracampo do clube tricolor. Entre o apito final do embate no estádio Albertão, em Teresina, e a divulgação do depoimento do comandante à imprensa, foram mais de cinco horas que levaram à dezenas de questionamentos sobre o futuro de Fernandes no Recife.

Isso porque o atual treinador coral vem sendo procurado por equipes da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira (12), dois dias após a demissão de Roberto Fonseca, veio à tona a sondagem do Londrina, atual vice-lanterna da Série B, ao técnico do Santa Cruz. Confirmada à reportagem pelo empresário de Fernandes, a procura do clube paranaense, no entanto, não evoluiu e o comandante permanece no Arruda.

À PROCURA DA FELICIDADE

“Futebol, como a vida, é equilíbrio”, filosofou Roberto Fernandes após o revés deste sábado. Desde sua apresentação ao clube, o ‘controle’ das turbulências vividas pelo Santa Cruz nesta temporada é algo repetidamente mencionado pelo treinador como a chave que possibilitará a superação da crise coral. A concepção aristotélica do comandante, no entanto, ainda não foi atingida.

“Agora, é buscar bom senso, equilíbrio e a sensatez de continuar trabalhando para encontrar soluções. O ano está sendo muito difícil: já se foram quatro treinadores em seis meses de trabalho. Numa temporada que o Santa Cruz amarga péssimos resultados, não dá para apenas dizer que é esse ou aquele. O conjunto da obra está muito desequilibrado e precisa de muita força para tentar mudar isso”, disse em tom preocupado.




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