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'Não se deve procurar culpados', diz Alexandre Mirinda sobre situação caótica do Santa Cruz

Vice-presidente de futebol preferiu não nomear os responsáveis pelo momento do Tricolor, mas não deslegitimou as críticas dos torcedores

postado em 14/09/2021 13:03 / atualizado em 14/09/2021 13:11

<i>(Foto: Rafael Vieira/Esp. DP Foto)</i>
Prestes a cair para a Série D, o Santa Cruz vive um momento delicado do ponto de vista institucional. No primeiro ano à frente do clube, o presidente Joaquim Bezerra não logrou êxito nos objetivos que foram traçados para a temporada. Em consequência disso, a culpa em relação ao momento do Tricolor recai sob sua gestão. No entanto, na visão do vice-presidente de futebol coral, Alexandre Mirinda, não é hora de procurar culpados pela turbulência instaurada no Arruda. 

“Eu não concordo que deva se procurar culpados, porque se isso fizesse com que o Santa Cruz permanecesse na Série C, eu seria o primeiro a estar na rua buscando esse culpado. Fico triste quando vejo tricolores, que têm grandes serviços prestados ao clube, sendo atacados por um erro, um percalço ou um resultado de futebol”, disse o dirigente à Rádio Clube, sem citar nomes. 

Para que o Santa Cruz retorne ao eixo, é preciso, na visão de Mirinda, união. Isso significa, por exemplo, um ‘ponto final’, ainda que temporário, nas diferenças políticas que existem no clube. Apesar de não personalizar o presidente Joaquim Bezerra como o responsável pelo fracasso dentro de campo, o vice-presidente de futebol não deslegitimou aqueles que enxergam o atual mandachuva como o epicentro da crise. 

“Eu não personalizo a figura de Joaquim Bezerra. Agora, quem é presidente do Santa Cruz está sujeito a isso. Quem sou eu para criticar se a torcida acha que o culpado é A, B ou C? Não tenho esse poder, longe de mim. O Santa Cruz precisa ter consciência de que só vai sair dessa dificuldade com a união daqueles que querem ver a grandeza do nosso clube. É o momento de uma grande união, de calçar a ‘sandália da humildade’, reconhecer erros e pedir desculpas”, apontou Mirinda. 

Ex-presidente do Santa Cruz, Mirinda retornou ao clube, em julho deste ano, para auxiliar nas decisões do departamento de futebol. Desde que assumiu o desafio, participou ativamente do dia a dia coral, inclusive contratando jogadores e dando aporte financeiro à gestão. Mesmo não atingindo o objetivo de livrar a equipe da Série D, o dirigente diz não se arrepender de ter aceitado o convite de Joaquim Bezerra. “Eu dei o máximo de mim. Se não tive a competência de conseguir salvar, não me arrependo, faria tudo de novo. O clube é o Santa Cruz, independentemente de quem esteja no comando”, concluiu. 

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