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Comissão de Arbitragem explica lances polêmicos do Sport e FPF se conforma

De acordo com Evandro Carvalho, alguns dos lances que geraram dúvidas no Sport foram revisados e "exaustivamente explicados"

postado em 18/01/2021 16:17 / atualizado em 18/01/2021 16:34

<i>(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)</i>
Os lances que estavam gerando polêmicas envolvendo o VAR e o Sport, que até chegou a se pronunciar oficialmente por estar se sentindo lesado no Campeonato Brasileiro, foram revisados e explicados pela Comissão de Arbitragem, segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho. Agora, satisfeito com as explicações colocadas à mesa, é “vida que segue”, segundo afirmou o dirigente ao Esportes DP.

Pontuando a autonomia da Comissão de Arbitragem nas questões, ele citou alguns dos lances polêmicos e comentou que foram todos avaliados sob o regimento da FIFA, que engloba todo o mundo.

“A CBF não se envolve, a Comissão é autônoma, até por força de lei. Todos os lances que haviam dúvidas, do Grêmio quando o zagueiro cabeceou e a bola atingiu o próprio braço dele. Do Palmeiras… todos os lances foram demonstrados pelo próprio treinamento que a FIFA encaminha para todas as comissões do mundo”, disse de início.

Classificando as explicações como “exaustivas”, o presidente da FPF detalhou as exceções que existem na regra onde o lance pode ou não ser considerado mão.
 
“Foram exaustivamente explicados que aqueles lances não são infração, porque para ser mão tem as exceções. Quando o zagueiro chuta e bate na mão de outro zagueiro dentro da área, não é mão, a não ser que esteja em direção ao gol. Quando o zagueiro cabeceia e bate no braço dele, no caso do Grêmio, não é mão…”, comentou Evandro.

E apontando chances de erros para o recurso tecnológico, ele relembrou mais alguns casos que foram rebatidos pelo Sport.

“O que não quer dizer que o VAR não possa errar, por exemplo, teve um lance do Sport com o Botafogo que o lateral esquerdo do Sport chuta a bola e atinge o braço do defensor do Botafogo e o árbitro não deu mão. O VAR chamou porque entendeu que era mão, mas o árbitro entendeu que não era e a decisão é dele, a autonomia é do árbitro. Teve um outro lance numa queda que Hernane Brocador levou do zagueiro, antes da bola na mão com o Palmeiras”, rememorou.

Ainda se baseando nas explicações enviadas pela FIFA, Evandro fez questão de colocar o “poder” do árbitro de campo acima do VAR. E se mostrou conformado.

“Sobre o lance da mão, o VAR chamou o árbitro para revisar os dois lances, e ele revisou. O da mão é claro, é questão técnica, que aquele tipo de lance na mão, segundo a FIFA, não é pênalti. E o lance do zagueiro é que seria pênalti, mas o árbitro entendeu novamente por uma avaliação subjetiva dele que era contato. O que prevalece não é o VAR, mas a decisão do árbitro. Dito isso, não tem o que fazer. É vida que segue”, finalizou o presidente da FPF.
 
Mas as reclamações não foram limitadas às rodadas mais antigas. O árbitro de vídeo voltou a protagonizar um jogo do Sport. Dessa vez, no último sábado, na derrota contra o Fluminense, quando o lateral esquerdo Júnior Tavares foi expulso por recomendação da tecnologia. Depois de rever o lance no monitor, o árbitro Heber Roberto Lopes expulsou o jogador rubro-negro ainda no primeiro tempo. Os atletas relataram exagero da arbitragem e saíram de campo consternados. Mais uma vez.

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