Agora, o Sport aguarda a resolução da rodada para ter a sua posição na tabela definida. Enquanto seus rivais diretos na luta contra o Z4 não entram em campo, o Leão segue ocupando a 14ª colocação, a três pontos do Bahia, que possui um jogo a menos. O confronto diante do Tricolor foi o primeiro de uma sequência de dois compromissos longe da Ilha do Retiro: na próxima quinta-feira, os comandados por Jair Ventura encaram o Corinthians, na Neo Química Arena, em São Paulo.
O JOGO
Há sete jogos sem vencer longe da Ilha do Retiro, o Sport entrou no gramado do Nilton Santos numa postura aguardada pelos torcedores rubro-negros. Retraído e jogando por uma oportunidade de contra-atacar o adversário, os primeiros minutos de jogo foram marcados por pouquíssimas jogadas de ataque efetivas em ambos lados. Sem contar com o suspenso Thiago Neves, Jair Ventura optou pela voluntariedade de Ronaldo Henrique, assim, abrindo mão da criatividade do time. Com muitos lançamentos longos, porém sem endereço, coube a Betinho armar as tentativas de furar as linhas do setor de segurança do Fluminense: com bons passes e visão ampliada de jogo, o volante foi responsável pelos melhores momentos do Leão na primeira etapa.
Atrás de um contra-ataque mortal, a retranca do Sport, embora tenha conseguido desempenhar bons momentos em subidas velozes pelo lado direito, com a dobradinha Patric-Raul Prata, tornou o Leão refém de sua organização dentro de campo. Aos 40 do primeiro tempo, Júnior Tavares, em entrada violenta em Lucas Calegari, recebeu, após revisão do VAR, cartão vermelho direto e obrigou Jair Ventura a mexer no setor ofensivo para compor a defesa do time: saiu Marquinhos, entrou Sander. Com a entrada do experiente lateral, o Leão da Ilha ficou ainda mais comprimido em seu campo e, tendo em vista o cenário no Nilton Santos, terminar o primeiro tempo sem tomar gols tornou-se motivo de comemoração dos 10 restantes.
SEGUNDO TEMPO
Com uma mudança em relação à primeira etapa, Ewerthon no lugar de Ronaldo Henrique, que fez uma partida medíocre, o Sport não mudou de postura. Recuado, viu o time comandado por Marcão impor sua intensidade e ocupar os espaços do campo defensivo do Leão. Não custou muito para o Tricolor das Laranjeiras abrir o placar: aos 3, Calegari cruzou bem, Lucca cabeceou em direção ao lado direito da meta defendida por Luan Polli, a bola desviou no pé de Patric e descansou no fundo das redes, 1 a 0.
Restando metade da segunda etapa, o Sport, de fato, mudou de comportamento. Acreditando no empate, Jair Ventura optou por um time mais amplo, trabalhando a bola com maior mobilidade. A qualidade no passe de Betinho aliada à movimentação dos jogadores posicionados à frente da meta defendida por Marcos Felipe fez com que o Sport chegasse com maior frequência de forma perigosa no setor de ataque. Nos minutos finais, o Leão contou com a entrada de Hernane Brocador e Ricardinho para definir as ações de jogo, mas, com a desvantagem numérica, o time pernambucano pouco incomodou o Flu.
Sem ter finalizado ao gol uma vez sequer, a situação do Sport na tabela nesta reta decisiva da Primeirona fica a mercê dos resultados da noite de sábado e de domingo. Na próxima semana, o Leão encara, também fora de casa, o Corinthians, na NeoQuímica Arena, em São Paulo. Terceiro pior visitante da Série A, o clube pernambucano não vence longe do Recife há oito partidas.
FICHA DO JOGO
Fluminense 1
Marcos Felipe; Calegari, Luccas Claro, Matheus Ferraz e Danilo Barcelos; Martinelli, Yago Felipe, Luiz Henrique (Caio Paulista) e Michel Araújo (Nenê); Lucca (Hudson) e Fred (Felippe Cardoso). Técnico: Marcão
Sport 0
Luan Polli; Raul Prata (Hernane), Iago Maidana, Adryelson (Ricardinho) e Júnior Tavares; Marcão, Ronaldo (Ewerthon), Betinho e Patric; Marquinhos (Sander) e Dalberto. Técnico: Jair Ventura
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
Horário: 19h
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Johnny Barros de Oliveira (SC)
Cartôes Amarelos: Sander (Sport); Fred (Fluminense)
Cartão Vermelho: Júnior Tavares (Sport)
