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OLIMPÍADA

Com seis pernambucanos em ação, Olimpíada de Tóquio tem início oficial nesta sexta-feira

Somando à comissão técnica, são nove os representantes do estado

postado em 22/07/2021 22:00 / atualizado em 22/07/2021 23:41

<i>(Foto: Tokyo 2020/AFP)</i>
Seis meses após se convencer de que tinha "nadado tudo", voltou às piscinas. E conseguiu. Foi no limite. Na última tentativa, Adriana Salazar alcançou o índice que a credenciou como a primeira pernambucana a disputar uma Olimpíada. Esteve em Seul, em 1988. Dentro d’água, viveu seu auge na década de 1980. Soberana em Pernambuco. E, por isso, inspiração para os nove pernambucanos - seis deles atletas - que a partir de hoje, em Tóquio, iniciam suas trajetórias no maior evento esportivo do mundo.

"O meu percurso para Seul foi de muitos altos e baixos. Épocas boas, de muitas vitórias, mas também de muitas decepções. Como na vida de todo atleta. Foram 10 anos tentando. Já tinha ido para o Sul-Americano, mas a Olimpíada é um mundo. É uma coisa extraordinária", contou ao Esportes DP a ex-nadadora, hoje Superintendente de Esportes e Lazer no Governo de Pernambuco.

A trajetória desenhada - e vivida - por Adriana foi determinante para a relação da nadadora Etiene Medeiros com as piscinas. Uma referência. E similar no pioneirismo. Aos 30 anos, a recifense, que caminha para a sua segunda Olimpíada, carrega, além das nove medalhas em Pan-Americanos, o posto de primeira brasileira campeã em Mundiais de Natação, marca alcançada em 2017. Em Tóquio 2020, disputa as provas dos 50m livre, na qual é recordista, e o revezamento 4x100.
 
Nas ruas de Tóquio, a pernambucana de Camaragibe, Érica Sena, considerada a melhor marchadora do Brasil, carrega no currículo a quarta colocação nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019, além da sétima posição nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Agora, busca a sua primeira medalha olímpica. Dentro das quadras, a goleira Renata Arruda, aos 22 anos, estreia em Olimpíadas com o handebol feminino brasileiro. 

Na comissão técnica, três nomes representam Pernambuco. Os auxiliares técnicos Cristiano Rocha e Paulo Coco, no handebol feminino e no vôlei feminino, respectivamente, além de Kayo Fabrício, que atuará no apoio da delegação masculina de judô.

ESTREIAS 

Dentro das quatro linhas, a lista de atletas que cruzaram o oceano levando a bandeira de Pernambuco cresce. No futebol, modalidade que estreou antes mesmo da abertura oficial dos Jogos Olímpicos, a dupla formada pela goleira Bárbara Micheline e a meio-campista Maria Eduarda iniciou com o pé direito, em um 5 a 0 contra a China, a busca pelo ouro inédito com a seleção feminina. 

Revelada pelo Sport, a arqueira recifense está na sua quarta Olimpíada. Duda é estreante. Assim como o zagueiro Nino, hoje no Fluminense, que já esteve em campo na vitória contra a Alemanha, por 4 a 2, pela seleção masculina, na última quinta.

Os pernambucanos em Tóquio

Érica de Sena - Atletismo (marcha atlética – 20km)
Data de estreia: 5 de agosto
Palpite do DP: pode surpreender

Etiene Medeiros - Natação (4x100m livre e 50m livre)
Data de estreia: 24 de julho (4x100m livre) e 30 de julho (50m livre)
Palpite do DP: chance de medalha

Bárbara - Seleção Feminina de Futebol 
Próximo jogo: 24 de julho (Brasil x Holanda)
Palpite do DP: briga pelo ouro

Duda - Seleção Feminina de Futebol
Próximo jogo: 24 de julho (Brasil x Holanda)
Palpite do DP: briga pelo ouro

Nino - Seleção Masculina de Futebol
Próximo jogo: 25 de julho (Brasil x Costa do Marfim)
Palpite do DP: briga pelo ouro

Renata Arruda - Seleção Feminina de Handebol 
Data de estreia: 24 de julho (Brasil x Atletas da Rússia)
Palpite do DP: chance de medalha

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