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Ministério Público exige ação contra torcidas organizadas violentas e recadastramento facial nos estádios

O coordenador do Núcleo de Defesa do Torcedor, Antônio Arrochela, destacou que o prazo para o recadastramento facial será antecipado

postado em 03/02/2025 12:00 / atualizado em 03/02/2025 12:01

<i>(Foto: Gabriel França/CNC e Rafael Vieira/DP)</i>
O Ministério Público de Pernambuco está intensificando os esforços para acelerar o processo de implementação do reconhecimento facial nos estádios, especialmente no contexto do “Trio de Ferro” — os três grandes clubes do estado. O coordenador do Núcleo de Defesa do Torcedor, Antônio Arrochela, mencionou que o prazo original para o recadastramento facial, estabelecido em um ajustamento de conduta, era até junho deste ano. No entanto, devido aos recentes incidentes de violência no último sábado, a meta agora é antecipar esse processo, a fim de aumentar a segurança nos jogos.

“Os clubes têm um prazo da lei para recadastramento facial, que foi feita no ajustamento de conduta, que é até junho deste ano. Mas devido ao que aconteceu sábado, vamos alterar. O Ministério Público vai se reunir de forma interna, para ver o caminho para acelerar esse processo e não esperar até o meio do ano”, disse Antônio Arrochela, em entrevista a TV Globo.

Além disso, o coordenador fez referência a uma portaria da governadora que exige que a Federação Pernambucana de Futebol e os clubes apresentem um plano eficaz para a exclusão das torcidas organizadas envolvidas em comportamentos violentos e criminosos. Embora algumas torcidas possam ser consideradas pacíficas, ele destacou que o Ministério Público não tolerará mais qualquer aproximação ou envolvimento de grupos violentos com as atividades dos clubes.

“A governadora tem o poder de Polícia, a portaria vale sim a força de determinar. Isso está em vigor. A nossa recomendação foi no sentido muito parecido, que também serviu para fundamentar a da governadora. Do sentido de não público até a apresentação por parte da federação e dos clubes de um plano eficiente de não participação das torcidas organizadas”, destacou.

A medida reflete a crescente preocupação com a segurança dos eventos esportivos e a necessidade de afastar os comportamentos criminosos associados a determinadas torcidas organizadas.

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