A contratação de Yago pelo Náutico aconteceu na primeira metade de março. À época, já eram mais de 16 meses sem atuar, após uma grave lesão que o tirou de campo no fim de 2019. Agora, depois de um longo preparo físico, ele estreou no Clássico dos Clássicos do último domingo, entrando aos 21 do segundo tempo, no lugar de Ronaldo Alves.
E é justamente nesta vaga que Yago deve começar a brigar para ganhar mais espaço. Com o capitão tendo suas atuações questionadas em meio a um desempenho defensivo geral que vem desagradando tanto à torcida, quanto à comissão, a linha defensiva alvirrubra ainda não parece consolidada, mesmo que o mesmo quarteto venha se mantendo no time base desde o início do ano. Yago, porém, minimizou sua entrada direta por essa ótica.
"A gente crê que se defende com onze e se ataca com onze. Hoje em dia, o futebol está muito moderno e não dá para cobrar só da linha definitiva os gols que se tem tomado. E também não dá para dar todo o crédito quando se faz o gol, sendo que se começa a jogar na linha defensiva. Então, é todo um sistema, a gente espera melhorar tudo ali", explicou o zagueiro de 28 anos, quando questionado sobre os números da retaguarda.
Hoje, a dupla de zaga do Náutico é composta por Ronaldo Alves e Camutanga, enquanto Wagner Leonardo já se firmou como terceira opção, após atuações de destaque, mesmo com pouco tempo de clube. Com o crescimento de Wagner no clube, sua chegada ao time titular já é vista como provável, justamente na vaga de Ronaldo. Yago, porém, começando a ganhar espaço progressivamente no clube, também pode endurecer essa disputa.
Adotando cautela sobre sua capacidade física para brigar por uma vaga no time titular, Yago celebrou que Hélio dos Anjos tenha quase toda a equipe disponível para a reta decisiva do Pernambucano.
"Foi meu primeiro jogo de volta depois de tanto tempo. Eu venho treinando muito forte e tenho evoluído a parte física (...) É uma alegria para o professor poder estar contando com todo mundo. Acredito que não tenha ninguém (desfalcando), só o Álvaro que está com problema ainda, mas já está voltando também. Então, o professor pode dizer que ele tem 95% dos jogadores à disposição e isso é bom para o professor e para o Náutico também, principalmente tratando de finais, quando o sarrafo, realmente tem que estar lá em cima".
O RETORNO
Com a emoção de voltar a jogar futebol após um ano e meio, Yago comemorou o feito, ainda mais porque sua possibilidade de retorno já havia, inclusive, sendo posta em cheque, ao longo do período afastado. A lesão de Yago foi no menisco lateral do joelho direito, quando ele defendia o Goiás, cedido pelo Corinthians.
"A sensação foi muito boa. Individualmente positiva. Realmente é um tempo muito longo e foi muito bom poder voltar a jogar, sentir a sensação. A gente faz isso desde pequeno, então você ser impossibilitado de poder estar fazendo o que gosta é muito difícil. E voltar, depois de tanto tempo, foi uma sensação muito boa. Graças a Deus pude voltar, principalmente se tratando de algo que era uma dúvida se eu poderia voltar a jogar futebol".
