Uma das críticas ao sistema ofensivo do Náutico é a falta de criatividade na armação das jogadas. Com apenas Jean Carlos atuando como meia mais à frente dos volantes, a equipe fica muito dependente dele, sem outro jogador para dividir a tarefa de criar oportunidades. O técnico Felipe Conceição não descartou voltar a utilizar Carpina no meio, ao invés de colocar o meia atuando mais pelo lado esquerdo do ataque, como vinha acontecendo.
“A questão de usar um ou dois meias, um volante ou dois, é com o passar do tempo, da gente ver a melhor formação da equipe. Conseguimos construir e entrar pelos dois lados, tivemos muitos cruzamentos na área, e aos poucos vamos melhorando e crescendo. Temos muito para crescer ainda, a margem é grande para crescer, mas com a dedicação e entrega desses atletas, vamos continuar com certeza a formar um grupo cada vez mais forte”.
O comandante alvirrubro já usou a formação em algumas partidas, mas Juninho Carpina não rendeu o esperado. O jovem de 21 anos, que marcou cinco gols e deu uma assistência em 11 jogos na temporada, perdeu a posição para Pedro Vitor na vitória sobre o Sergipe e não entrou durante o confronto.
Ainda em relação ao time do Náutico, Felipe Conceição elogiou a evolução demonstrada nas últimas rodadas e ressaltou que a equipe vem tendo um repertório maior no setor de ataque.
“Eu gosto de separar bem a estrutura e a dinâmica. A gente já mudou algumas dinâmicas ofensivas, e hoje temos variação de triangulações pelos lados e também pelo corredor central. Apesar da mesma estrutura, entre aspas, também mudaram as dinâmicas, os laterais, posicionamento defensivo e ofensivo, está sendo mudado pouco a pouco”, concluiu o treinador.