Itamar Schülle não gostou com a redução do intervalo mínimo entre jogos (Foto: Rafael Vieira/FPF)
Tema controverso. Na última terça-feira (22), de forma unânime, os 10 representantes dos clubes que disputaram o Campeonato Pernambucano aprovaram a medida que muda de 66 para 48 ou 24 horas o intervalo mínimo entre jogos do Estadual de 2025. Tal medida foi aprovada, em caráter excepcional, devido ao calendário apertado. Em entrevista ao Momento Esportivo, da Rádio Clube, o técnico Itamar Schülle, do Santa Cruz, criticou a decisão que optou pela redução do intervalo entre partidas.
“Eu estava olhando a reunião da federação pode acontecer que tenha jogos de 24 ou 48 hrs, algo que é um absurdo para os atletas. Mas fazer o que? Se foi estipulado, os clubes concordaram, quem sou eu para dizer diferente. Então, aí você já tem que pensar em mais atletas. Porque se você tem que jogar um jogo hoje e corre o risco de 24 horas ter que jogar outro jogo, você tem que ter elenco”, disse o treinador
“Porque senão você vai ter lesão e vai estar com DM cheio de jogadores e o clube pagando para recuperar atletas. Então, você já tem que começar a pensar em mais atletas e isso também já aumenta a folha. Agora, teremos que conversar com a diretoria como vai ser o processo e se isso realmente vai ser assim dessa forma”, acrescentou.
Entenda o caso:
Com a manutenção da fórmula do ano anterior, o Estadual terá que ter 14 datas disponíveis. Diante disso, de forma unânime, os clubes votaram na possibilidade de jogos com intervalos de 48 ou mesmo 24 horas. Nesse último caso, as equipes precisam trocar os atletas de partida para outra.
Vale destacar, que a medida foi aprovada de forma unânime pelos 10 clubes que irão disputar o Estadual. A fórmula serve apenas para a disputa das partidas do Campeonato Pernambucano, tendo em vista que alguns clubes disputam competições como Copa do Nordeste e Copa do Brasil, simultaneamente.
CBF
Tal medida vai de encontro com o do Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF, na qual diz que “os clubes não poderão disputar e os atletas não poderão atuar em partidas por competições coordenadas pela CBF sem observar o intervalo mínimo de 66 (sessenta e seis) horas”.
Porém, há uma brecha no regulamento, dizendo em que situações esse intervalo poderá ser desrespeitado.“Em casos excepcionais, a DCO, de forma fundamentada, poderá autorizar a atuação de atletas e clubes sem a observância do intervalo mínimo aludido no caput deste artigo. Em se tratando de atletas, será obrigatória a apresentação de autorização médica atestando a aptidão do atleta para disputa da partida”, diz o trecho.