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OPINIÃO

Léo Medrado: 'O balanço de Yuri à frente do Sport'

No final, desejei boa sorte e, pra minha surpresa, o presidente não foi incisivo quanto o cumprimento total do mandato

postado em 04/12/2023 08:30 / atualizado em 04/12/2023 08:58

<i>(Foto: Rafael Bandeira/Sport)</i>
 Yuri: “Se as pessoas não me querem…”
O presidente do Sport foi o convidado do Craque CBN de ontem. Numa conversa franca, Yuri fez um balanço de 2 anos e três meses de gestão. Três afirmações do Presidente: 1) O clube reequilibrou-se financeiramente. Tinha um déficit de um milhão e meio por mês recuperou a credibilidade no mercado. 2) Não deveria ter demitido Dal Pozzo. Houvesse mais paciência com o treinador, o Sport teria ido mais longe. 3) Drubscky terá autonomia, mas dará satisfação ao Comitê Gestor, formado pelos três diretores não remunerados. O novo treinador será contratado dentro de um perfil pré-determinado pelo clube.

Argumentei sobre os três erros fatais do Departamento de futebol rubro-negro em 2023. 1) A manutenção de Enderson: Yuri afirma que dentro das circunstâncias em que a decisão foi tomada, faria de novo. 2) A contratação de Diego Souza. O presidente disse que foi “voto vencido” mas acolheu a decisão dos diretores, com a anuência (que não ficou muito clara) da comissão técnica. 3) A inoportuna declaração de Love. Yuri reconhece o erro em ter autorizado o pronunciamento e em não haver uma tentativa mais efetiva para reconciliar jogadores e torcida. No final, desejei boa sorte e, pra minha surpresa, o presidente não foi incisivo quanto o cumprimento total do mandato. Demonstrando uma certa mágoa, Yuri Romão foi taxativo: “Se a pressão, se a torcida, se as pessoas não me querem, como demonstraram no último jogo, nos gritos de ‘fora, Yuri’,  eu não sei… é algo que a gente precisa avaliar”, concluiu. 

Sobre perfil e antecipação

Ainda no Craque CBN, Yuri afirmou que a partir de agora o Sport terá um perfil previamente determinado para os treinadores que vierem pra Ilha. E que o profissional só será contratado caso se enquadre. Terá que ser, essencialmente, um treinador propositivo. Cuja prioridade seja buscar o gol. Yuri desmentiu, ainda, que tenha pedido antecipação de receita à CBF. “Foi um empréstimo, já quitado!”

A primeira morte

Três jogadores penduraram as chuteiras nessa semana. Felipe Luis do Flamengo, Rever do Atlético MG e Fábio Santos (Corinthians) vivenciaram a “primeira morte” de um jogador de futebol. Segundo Paulo Roberto Falcão, uma profissão em que se morre duas vezes. A esmagadora maioria dos ex-atletas, confirma

Amigos para sempre

Por falar em ex-jogadores, a turma que atuou nos anos de 84/84/86 no Sport, reuniu-se anteontem num restaurante da Encruzilhada. Revi e matei saudades de vários amigos. Histórias, gargalhadas, emoção… um sábado inesquecível. Num canto da mesa, Betão, Luisinho, Cláudio, Carlos José, Flávio Estevam, dentre outros. Pela bola deles, nos dias de hoje, a folha dos cinco ultrapassaria um milhão de reais, fácil fácil

Recado aos dirigentes

Henriques, Alves, Dias, Franco e Moreira no Náutico. Benevides e Sales no Santa. Quando o time “dá liga”, no gramado, é o primeiro passo pro sucesso. Mas antes do encaixe nas quatro linhas, fundamental é o entrosamento entre os dirigentes. Seja qual for a nomenclatura, seja qual for a hierarquia, vaidade de lado, valeu rapaziada?

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