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COLUNA - BETO LAGO

'Jogo contra o Ceará ratificou uma nova faceta do técnico Mariano Soso'

Ele não deverá abandonar o modelo ofensivo que caracterizou o time rubro-negro, mas em algumas oportunidades a equipe poderá ser bem pragmática

postado em 22/06/2024 10:42 / atualizado em 22/06/2024 11:03

<i>(Foto:  VINICIUS DO PRADO/SCR)</i>

Reinventando o Sport
O jogo contra o Ceará ratificou uma nova faceta do técnico do Sport, Mariano Soso. Ele não deverá abandonar o modelo ofensivo que caracterizou o time rubro-negro, mas em algumas oportunidades, diante de determinadas situações, a equipe poderá ser bem pragmática para conquistar o resultado. Soso precisava “reinventar o Leão”. Depois de empolgar nas primeiras rodadas da Série B, com quatro vitórias consecutivas, o mês de maio acabou trazendo todos para a realidade. O desempenho empolgante sobre o Atlético/MG poderia ter servido de alerta: nem sempre os adversários vão sofrer com nova força ofensiva. A pancada veio com o jogo contra o Fortaleza. Depois de outras três traulitadas no Brasileiro, perdendo partidas com atuações horríveis, o Sport chega a sua terceira partida invicta e sem tomar gols.

O treinador leonino não pensou duas vezes antes de tirar um atacante para reforçar o meio-campo ou dobrar uma lateral. É certo que Mariano Soso aprendeu com as derrotas que o Brasileiro é difícil, com uma caminha dura, árdua. Nem sempre terá que ser ofensivo. E muito menos deixar de festejar a conquista de um ponto, como esse diante do Ceará, adversário que ainda briga pelo G4 e com tantos problemas na escalação. Essa nova particularidade do treinador foi aprovada por grande parte da torcida. Hoje, a missão é recolocar o Sport na Primeira Divisão. Se puder ser como futebol ofensivo e bonito, tudo bem. Mas se for preciso ser prático (leia-se defensivo), abrace com toda força. Hora de somar os pontos para conquistar o acesso. 
 
 
Influencia muito 
Aplaudi a coletiva do zagueiro Joécio, em o momento atual do Náutico não é responsabilidade apenas dos treinadores. Por outro lado, a fala do diretor técnico Betão foi bola fora. Segundo ele, “o que faço hoje não tem nada com ganhar ou perder, o meu trabalho não vai influenciar na vitória ou na derrota do Náutico”. Quem trabalha com futebol, independente do cargo, tem um papel enorme no sucesso e no fracasso. E se não quer “ter isso nas mãos”, que não entre no vestiário, que não viaje com o elenco e, principalmente, que não dê palpite sobre reforços. 

Vaidade é a bronca
Sempre achei que o maior problema do Náutico fosse político. Mas do que isso, a vaidade chega a extrapolar. O clube vive seu momento mais complicado na história, com uma real possibilidade de cair para a Série D. E, ao invés de se buscar ideias para sair desta situação, o que vemos são atos de narcisismo de todos os lados. Como presidente do clube, Bruno Becker pode (e precisa) dar um basta nisso: convoque todas as lideranças, ouça as ideias e coloque cada uma na conta da pessoa. Nada de ficar apenas criticando. Seja propositivo e traga as propostas e seja ativo. É preciso tirar o Timbu sair desta situação.  

Peso histórico
Pesa história dos clubes que estão na zona de rebaixamento da Série A, com Vasco, Corinthians, Grêmio e Fluminense. São três títulos mundiais, seis Libertadores, 17 Brasileiros e 10 Copas do Brasil. Não acredito que os quatro sigam nesta situação até o final. Porém, não descarto que um ou dois acabem sendo rebaixados para a Série B de 2025. 

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