Apoio incondicional
O direito do torcedor vaiar, criticar, desabafar nas arquibancadas é inalienável. Mas quase sempre improdutivo. São raros os jogadores que, quando instigados pelas vaias, enchem-se de brios e, provocados, crescem de produção. A maioria deles chafurda. Acusa o golpe. A recíproca, todavia, é verdadeira. Quantas vezes presenciei nos estádios de Pernambuco torcida ganhar jogo? Nos três clubes. Nos três estádios. Na Ilha, então, inúmeras vezes. A mais emblemática foi na final da Copa do Brasil. O time não engrenava. Não rendia na final contra o Corinthians. Ainda no primeiro tempo, Nelsinho Batista sacou Cássio e colocou Enilton. A torcida apoiou, aplaudiu, incentivou e o Sport, que precisava vencer por dois gols de diferença, construiu o placar do título ainda no primeiro tempo. As arquibancadas não deixaram o time cair de rendimento e pressionaram o Corinthians até o apito final do árbitro Alício Pena Júnior.
Pois bem! Domingo, é desse torcedor que o Sport precisa. O caldeirão precisará literalmente ferver. Escaldar o time. Subir a temperatura do jogo até garantir a vitória. Não importa a escalação. Não interessam as rusgas com alguns jogadores. Se tiver que criticar, se precisar desabafar, que seja após o jogo. Agindo dessa forma, torcedor, as chances de vitória do time crescerão absurdamente. Se pudesse, plagiaria Daniel Goleman e escreveria “Inteligência Emocional na Torcida”. Faça sua parte, rubro-negro!Puxa a vassoura da bruxa!
“A bruxa está solta”. Várias vezes ouvimos essa expressão que é aplicada nos casos em que tudo está dando errado. Além da rodada imperfeita (o Sport perdeu e todos os demais resultados conspiraram contrários à classificação rubro-negra), Pepa perdeu quatro titulares: Barletta, Zé Roberto, Titi Ortiz e Coutinho (que divide a titularidade com Zé). Não restam muitas opções pra Pepa. Caíque, Carius, Thyere, Chico e Felipinho; Julian, Fabrício e Pedro Vilhena; Lucas Lima, Wellington Silva e Lobato. Essa seria a minha formação. O português, no entanto, deverá entrar com Julian, Felipe e Fabrício, avançando Vilhena e sacando Lobato do time. Outra alternativa será colocar Dieguinho no comando do ataque. Faça as suas escolhas, Pepa. Mas faça o time ter atitude, volume e ser intenso. E sem desculpas, dessa vez. Não há mais tempo pra isso…
Querido Diario…
DP 199 anos! Pra mim, são 49. Leio o Diario de Pernambuco desde que tinha 10 anos. Em 1975, com essa idade, esperei mais de 20 horas pro Diario chegar em Santa Maria da Boa Vista, num pinga-pinga da Progresso, até à calçada do meu saudoso primo Xistinho (um dos privilegiados da cidade a receber o periódico). Folheei ansiosamente o caderno de esportes pra saber o resultado da final do Campeonato Pernambucano daquele ano, disputada entre Náutico e Sport. De lá pra cá, inúmeras vezes “roubei” do meu querido pai o Carderno Esportivo. Depois ia pro Viver e passava uma vista nas informações e opiniões sobre política. Sinto-me, hoje, um privilegiado de poder escrever no jornal mais antigo da América Latina, respeitados por jornalistas no Brasil inteiro. Obrigado, querido diário