Membros de principal organizada do Sport recepcionam delegação na Ilha do Retiro (Foto: Reprodução/DP)
Apesar de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre os três principais clubes de Pernambuco – Sport, Náutico e Santa Cruz – e o Ministério Público de Pernambuco, a relação entre os clubes e suas torcidas organizadas continua a ser um desafio complexo, refletido em manifestações de desobediência.
Horas antes do Clássico das Multidões, membros da principal torcida organizada do Sport, “Jovem do Leão”, estão nas imediações da Ilha do Retiro, sede do clube, para receber a delegação com bandeiras e fogos de artifício. A atitude ocorre em um contexto de proibição formal do acesso de integrantes dessas torcidas aos estádios e outros espaços vinculados ao clube.
O Termo de Ajustamento de Conduta, que foi assinado por representantes do Sport, Náutico, Santa Cruz e da Federação Pernambucana de Futebol, visa impedir que membros identificados dessas torcidas entrem em locais como sedes administrativas, centros de treinamento e eventos internos dos clubes, além de proibir o uso de símbolos, utensílios e vestimentas associadas a esses grupos dentro das dependências do clube.
Na assinatura do TAC, os clubes assumiram o compromisso de implementar 16 ações. Caso algum clube descumpra qualquer uma das 16 ações acordadas, será multado em R$ 50 mil por cada descumprimento. Essas ações serão reavaliadas em seis meses pelos clubes e representantes dos órgãos de segurança e do Ministério Público.