
"Eu acho que nesse caso específico do Paulinho, ninguém questionou em momento algum a Polícia Civil, o nosso judiciário, o Ministério Público. Eu acho que o engajamento das pessoas do Náutico e de parte da imprensa criou uma condição de sensibilizar o judiciário a olhar com mais carinho a situação desse rapaz”, comentou o treinador, que também celebrou a soltura de Paulinho.
“Nós estamos aqui hoje felizes, porque nós vamos ter o Paulinho convivendo com a gente, com os seus familiares. E tendo a oportunidade, naturalmente, de se defender dessa acusação, mas, ao mesmo tempo, trabalhando, até mesmo para ajudar a custear essa sua luta pela sua inocência”.
Questionado sobre se os jogadores deveriam ter posicionamentos mais claros em relação a outras causas em nível social, Hélio apoiou a ideia. “Em relação às coisas do país, eu acho que os profissionais do futebol, por terem uma participação muito alta, hoje, nas redes sociais, perante a opinião pública, eu vejo que tem que se posicionar mais, sim, mas a princípio, também, eu vejo que tem que ser exemplo”, afirmou o treinador, antes de explicar melhor a importância de ser um exemplo.
“O profissional do futebol, até mesmo por ele ter muito evidente a sua vida, o seu comportamento, eles tem que dar exemplo e, muitas vezes, nós não temos grandes exemplos. Mas a gente, naturalmente, sabe a importância que tem de todos se posicionarem perante alguns problemas da sociedade. E eu vejo dessa forma porque serve, pelo menos, um posicionamento, não de questionamento, mas de alerta para problemas que muitas vezes o país vive, a população vive e a gente pode ajudar, sim", concluiu Hélio dos Anjos.