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Com aprovação do Conselho Deliberativo, Náutico ingressa com pedido de recuperação judicial

Segundo o clube, o processo deverá ser iniciado até a próxima sexta (17)

postado em 14/03/2023 14:47 / atualizado em 14/03/2023 14:55

<i>(Foto: Rafael Vieira/FPF)</i>
Na noite da última segunda-feira (13), o Náutico anunciou que irá ingressar com o pedido de recuperação judicial. A decisão foi tomada de forma unânime pelo Conselho Deliberativo do clube. Ainda segundo postagem em suas redes sociais, o processo deve começar até a próxima sexta-feira (17), tendo a ação distribuída por um um escritório contratado pelo alvirrubro. 

Em fevereiro, a justiça já havia acatado o pedido de medida cautelar feito pelo Náutico para avançar no processo de recuperação judicial. Em princípio, essa medida serve para suspender por 60 dias bloqueios, penhoras e leilões referentes a dívidas contra o clube, como, por exemplo, possíveis leilões do estádio dos Aflitos e da garagem de Remo. Ainda no mês passado, Diogenes Braga, presidente do clube, se pronunciou sobre o assunto. 

“Essa é mais uma ação estratégica em busca do saneamento do clube. Estamos trabalhando de forma incessante em busca desse saneamento, visando um futuro de tranquilidade para o clube. Existem inúmeros outros passos que estão sendo estudados há um bom tempo por pessoas com expertise e com consultorias externas. E o objetivo é que a gente construa um clube muito forte e que cada vez mais tenhamos segurança do futuro do clube”, revelou o presidente.

SAF do Náutico 

O principal objetivo da diretoria do Náutico com a medida cautelar é a implementação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Conforme destacou o consultor jurídico do clube, Rodrigo Cahu, também no pronunciamento realizado em fevereiro, é necessário reestruturar as contas do clube para atrair investidores e, assim, implementar o novo projeto no clube.

“O processo de recuperação judicial que planeja o Náutico vem na corrente de reestruturar o passivo do clube durante este processo de modernização. Essa é uma faculdade que todo clube do futebol brasileiro hoje tem após a adição da Lei da SAF. Essa ação prevê meios de atração de investidores para a implementação da SAF, mas também busca meios de enfrentamento das dívidas, realidade que existe na maioria dos clubes do Brasil”, afirmou Rodrigo Cahu.

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