Em momento delicado, Santa Cruz enfrenta longas distâncias (Foto: Rafael Melo/SCFC)
Além do desafio de retomar o bom futebol na reta decisiva da Série C, o Santa Cruz tem uma desvantagem geográfica neste quadrangular do acesso. Entre os clubes do Grupo C, o Tricolor é quem percorre a maior distância em viagens para jogos fora de casa e retornos ao Recife. Em pouco mais de um mês, o Santa cruza 16.582 km, o suficiente para ir da capital pernambucana até Xangai, cidade mais populosa da China.
A segunda maior viagem desse percurso é para o jogo contra o Ituano. O trajeto até Itu foi percorrido na tarde desta quinta-feira. Antes, o time já tinha visitado o Brusque, em Santa Catarina, e, em duas semanas, estará atuando em Goiânia, contra o Vila Nova.
A desvantagem tricolor é evidente em relação aos rivais. Como Brusque e Vila Nova encerram suas participações em jogos fora de casa, a última das seis viagens já acontece depois do fim da disputa, garantindo percursos abaixo dos 8.000 km. O Ituano, segundo time que mais se desloca, faz 8.316 km, quase metade dos corais.
Um dos pilares do esquema tático de Marcelo Martelotte, o experiente meia Didira acredita que, meio à ‘maratona’ tricolor, o bom rendimento da equipe passará pela logística e pelo planejamento. “Sem dúvidas vamos ter fôlego até o final. Isso é importante e mostra que o trabalho está sendo bem feito pela parte da preparação física. Entrar nos jogos e conseguir marcar, atacar, correr, defender. Eu estou tranquilo sobre isso e meus colegas também”.
No empate sem gols diante do Brusque, pela primeira rodada da segunda fase, a queda de rendimento na etapa final chamou a atenção dos tricolores. Embora tenha iniciado o segundo tempo com domínio sobre os catarinenses, o desempenho do Santa Cruz despencou na reta final, deixando o time refém das trocas de passes do adversário, algo que não pode se repetir em um jogo da importância que o Santa enfrenta agora, em Itu.