
"Certamente a prefeitura deve ter deliberado, ter criado o seu decreto. Nós não devemos estar opinando, porque desapropriação, seja municipal, estadual ou federal, compete ao dono do imóvel aceitar ou não o valor avaliado. E nisso, o Santa Cruz tem tomado o cuidado de se precaver. Porque o Santa Cruz sabe o valor do seu patrimônio e vai querer receber exatamente o valor. Estamos no Santa Cruz para defender ele. E isso estamos fazendo há alguns anos", exaltou o mandatário em entrevista à Rádio Clube de Pernambuco.
Entenda o caso
A área, que mede por completo 18.538,00 m² e pertence à ATASC, despertou interesse na Prefeitura do Recife, que planejava realizar obras para o desenvolvimento urbano da região. A ideia passava - e passa - pela implantação da via pavimentada marginal ao Rio Beberibe, além de uma Estação Elevatória, sistema de esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e urbanização.
Os investimentos, à época, estavam orçados em R$ 35 milhões no total. O valor, porém, não previa a desapropriação completa do CT Waldomiro Silva, mas sim de apenas 3.168,63m² da área do terreno tricolor. Logo, a previsão inicial do que havia sido discutido em agosto de 2020 entre o Santa Cruz e a Prefeitura do Recife, no montante de cerca de R$ 10 milhões, cairia significativamente para algo em torno de apenas R$ 2 millhões, pagos de forma parcelada.
"(À época), nós assinamos e protocolamos um acordo assinado pela ATASC e pela Prefeitura, oficializado, no valor que corresponde àquilo que interessa ao Santa Cruz. Houve posteriormente um desfazimento do decreto que oficalizou esse documento na gestão do novo prefeito por um equívoco. Nós intervimos, e tivemos uma conversa ainda antes de assumir a presidência do clube e mostramos à prefeitura, através de quem documentou tudo, de que não dava para acatar a desapropriação parcial", explicou ALN à Rádio Clube, em março deste ano, antes de acenar para uma nova decisão do profeito João Campos.
Ainda de acordo com o presidente do Santa Cruz, os recursos serão direcionados para a conclusão do atual centro de treinamento coral, em Aldeia, que hoje conta com dois campos finalizados e um terceiro em construção, mas ainda sem instalações necessárias para comportar a estadia dos atletas. "Será um recurso da ATASC para utilizar em favor do CT Ninho das Cobras, que é construído com o apoio dos torcedores. Estamos mais felizes, porque sabemos que o dinheiro que vai entrar ajudará muito para que a gente leve adiante o projeto de conclusão".