Esportes DP

COLUNA BETO LAGO

Beto Lago: 'O som do Arruda foi de festa pela vitória, mas também de discussões sobre a SAF'

O Santa Cruz venceu o Sousa por 2 a 0, com gols marcados por Tiaguinho e Thiago Galhardo

postado em 16/06/2025 08:40

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)</i>
O som do Arruda 
O Santa Cruz conquistou mais uma vitória, superando o Sousa por 2x0, resultado que não apenas reverteu a imagem negativa deixada pela derrota para o Ferroviário, mas consolidou o Tricolor como líder isolado de seu grupo. E, agora, ostenta também a melhor campanha entre todos os clubes da Série D, caminhando a passos firmes em direção à classificação para o mata-mata. Mais significativo do que os três pontos foi o reencontro dos torcedores com o que muitos consideram sua “verdadeira casa”. A atmosfera no estádio foi bem diferente, após a repercussão da proposta vinculante da Coral Participações para assumir a SAF do clube. O Arruda, por sinal, tornou-se assunto recorrente nas rodas de amigos que se reuniram para assistir ao jogo. Em bares e arquibancadas, nas fotos e nos relatos nas redes sociais que denunciaram o estado de um estádio marcado pelo desgaste do tempo e pelo descaso.
Recebi diversas mensagens de amigos refletindo sobre a entrevista que fiz com o presidente Bruno Rodrigues. Aqueles que apoiam a proposta citam os argumentos apresentados pelo dirigente, enquanto os críticos se lembram do que foi feito no passado para transformar o José do Rego Maciel no que muitos chamam de “Mundão”. Esse diálogo e debate se revelam fundamentais na história centenária do clube. Ontem, o som do Arruda ecoou festas e sorrisos, mas agora devemos transformar essa empolgação em discussões construtivas. É primordial que o torcedor coral tenha pleno acesso à proposta em questão. Em breve, será a hora de a torcida decidir, em Assembleia Geral, o futuro do Santa Cruz Futebol Clube. 

Na obrigação 
A vitória contra o Maringá tornou-se obrigação no Náutico. A diferença para o oitavo colocado é de quatro pontos, e qualquer tropeço pode complicar ainda mais a busca pela classificação. O técnico Hélio dos Anjos se vê diante de um desafio considerável. Não pela falta de ideias, mas pela necessidade de usar estratégias para superar as adversidades geradas pelos erros na montagem do elenco. O Timbu enfrenta um adversário que, apesar de ter um ataque eficaz, vem sofrendo defensivamente nesta Série C. Jogo duro, que precisa do apoio do torcedor.

Mais tempo de treino 
O Sport, um dos apenas três clubes da Série A que concedeu apenas 10 dias de descanso, vê isso como uma oportunidade. Para Daniel Paulista, esse tempo adicional é valioso para reorganizar a “bagunça” deixada pelo antecessor. No entanto, o desafio se intensifica com o jogo nas quartas da Copa do Nordeste marcado para o dia 9, um dia antes da abertura da janela de transferências, forçando a equipe a se apresentar com o que tem disponível. 

Absurda disparidade técnica 
É impossível não mencionar a disparidade técnica que se evidencia na Copa do Mundo de Clubes. O Auckland, que conquistou sua vaga na Oceania por méritos dentro de campo, é um clube semiprofissional, com jogadores que não vivem exclusivamente do esporte. O confronto diante do Bayern de Munique, uma potência mundial, evidenciou essa diferença com um placar contundente de 10x0.

Tags: clubes de mundial técnica disparidade bayern paulista daniel a série descanso de tempo sport anjos dos hélio vitória obrigação maringá náutico cruz santa lago beto