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SANTA CRUZ

Nas redes sociais, torcida do Santa Cruz se divide sobre cessão definitiva do Arruda à SAF

Proposta de repasse do estádio do Arruda à gestão da SAF Coral será analisada pelos sócios e depende de lei municipal para ser efetivada

postado em 13/06/2025 16:00 / atualizado em 13/06/2025 13:18

<i>(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)</i>
Motivo de debate. A proposta de cessão definitiva do Estádio do Arruda à Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Santa Cruz tem gerado intensos debates entre torcedores nas redes sociais. O plano, que prevê um investimento de R$ 1 bilhão ao longo de décadas, inclui a transferência do estádio para a SAF Coral, condição considerada essencial pelos investidores para a formalização do acordo.

A proposta ainda será apreciada pelo Conselho Deliberativo/Fiscal e depois irá para votação na Assembleia Geral de Sócios e, caso aprovada, exigirá também o aval da Prefeitura do Recife e da Câmara Municipal. Isso porque o terreno onde está situado o estádio pertence ao poder público e, por lei, não pode ser transferido sem autorização.

Divisão entre torcedores

Entre os tricolores, as opiniões estão divididas. Uma parcela significativa vê com preocupação a cessão definitiva do principal patrimônio do clube. Para esse grupo, a cessão definitiva do Arruda retira do Santa Cruz a condição argumentativa na condução futura da SAF - perda de um ativo imobiliário fundamental para sobrevivência da instituição.
  
Por outro lado, há quem enxergue a proposta como uma oportunidade de modernização e sobrevivência. Torcedores favoráveis ao acordo argumentam que o modelo associativo atual não tem condições de manter o estádio e que a SAF, com respaldo financeiro, teria capacidade de revitalizar o Arruda e garantir sua utilização plena.

Contrato preserva uso esportivo
Mesmo com a transferência definitiva prevista, o contrato estabelece que o estádio continue sendo utilizado exclusivamente para fins esportivos e eventos. A cessão inicial será de 50 anos, renovável por mais 50, e prevê exclusividade total de uso e exploração comercial pela SAF. O estádio não poderá ser vendido nem utilizado para outros fins, garantindo, em tese, a preservação de sua finalidade original.