Faltando apenas duas rodadas para o fim da 1ª fase, o Santa está fora do G4. Em quinto lugar, com 19 pontos, a Cobra Coral vai jogar a sua sobrevivência contra o Potiguar de Mossoró no Arruda, no próximo domingo (16), e na semana seguinte, no Ceará, contra o Iguatu. A liderança do Grupo 3 é do Sousa, com 22. Pacajus e Potiguar têm 21 cada, enquanto o Nacional de Patos (PB) fecha o G4, com 20. O Campinense é o sexto, com 15, e manteve chances matemáticas.
O JOGO
Sem o artilheiro Pipico, suspenso, o técnico Felipe Conceição optou por colocar Miullen como centroavante, com Emerson Galego pelo lado esquerdo e Nádson compondo o meio de campo com Wagninho e Emerson Souza. No Campinense, o técnico Dico Woolley (ex-Retrô) quebrou a cabeça para montar a equipe, que já não contava com quatro jogadores que rescindiram contrato na semana passada.
Porém, esse fator não foi empecilho para a Raposa começar em cima. Logo aos cinco minutos, após falha do zagueiro Guedes, Matheus Lagoa fuzilou a meta de Michael: 1x0 para o Campinense. E por pouco Junior Pirambu, aos 13, não aumentou a vantagem, cara a cara com o goleiro coral.
E nada estava dando certo para o Tricolor. O lateral-esquerdo Ítalo Silva, outra novidade na escalação de Felipe Conceição, se lesionou e deixou o jogo; Marcus Vinícius entrou. O Santa chegou com perigo pela primeira vez aos 16, em cabeçada de Miullen que Gleibson espalmou para escanteio.
O Campinense abaixou suas linhas e ficou esperando o Santa, que, sem criatividade, não conseguia produzir. Criticado pela torcida, Nadson mais uma vez não contribuiu ofensivamente. E quando a Raposa recuperava a bola, levava perigo, principalmente nas inúmeras falhas da dupla de zaga Ítalo Melo e Guedes.
Mesmo assim, no finalzinho do primeiro tempo, o Santa por pouco não empatou. Aos 41, Gleibson fez milagre em cabeçada de Marcus Vinicius, após boa jogada de Wagninho. Nos acréscimos, o goleiro Michael, talvez incomodado com as falhas da zaga, tentou cortar um cruzamento quase fora da área, deixando a barra aberta e por pouco não proporcionando o segundo tento dos paraibanos.
SEGUNDO TEMPO
Como não poderia ser diferente, o técnino Felipe Conceição voltou para o segundo tempo com duas mudanças: Yan Oliveira e Iago Santos nas vagas de Ítalo Melo e Nadson. Só que a falta de atitude do Santa voltou a mesma. Com menos de um minuto, Matheus Lagoa arrancou do meio de campo e só foi parado por Yan Olivera dentro da área. Pênalti que Gilvan cobrou com categoria e fez 2x0 para a Raposa.
Logo após o segundo gol do Campinense, o jogo foi paralisado. Alguns torcedores do Santa Cruz tentaram deixar o local nas arquibancadas para ir em direção aos do Campinense. A Polícia Militar agiu e impediu um tumulto maior - antes do jogo começar, as duas torcidas entraram em confronto nos arredores do estádio Amigão.
Com o Tricolor continuando sem muita inspiração, Felipe Conceição tentou a última cartada, sacando o lateral Rhuan Rodrigues para a entrada de Chiquinho. Mas nada mudou em termos de boas situações para o time pernambucano. E no contra-ataque, Jefferson Victor só não o terceiro porque Michael defendeu. Já Guilherme Escuro, sozinho, com o goleiro coral, chutou para fora.
FICHA DA PARTIDA:
CAMPINENSE-PB: 2
Gleibson, Thiago Ennes, Fredson, Anderson Sobral e Júlio Ferrari (Mauri); Memo, Bruno Henrique e Pedro Thomaz; Matheus Lagoa, Júnior Pirambu (Guilherme Escuro) e Gilvan (Jefferson Victor). Técnico: Dico Woolley.
SANTA CRUZ: 0
Michael; Rhuan Rodrigues (Chiquinho), Ítalo Melo (Yan Oliveira), Eduardo Guedes e Italo Silva (Marcus Vinícius); Emerson Souza (Pingo), Wagninho e Nadson (Iago Santos); Lucas Silva, Emerson Galego e Miullen. Técnico: Felipe Conceição
Local: Estádio do Amigão, em Campina Grande-PB
Árbitro: Roger Goulart (RS)
Assistentes: Ruan Neres Souza de Queirós e Wlademir Cunha Mendes (Ambos da PB)
Gol: Matheus Lagoa aos 5 do 1º tempo; Gilvam aos 2 do 2º tempo
Cartões amarelos: Bruno Henrique, Anderson Sobral, Gilvan e Pedro Thomaz (CAM); Nadson, Wagninho, Rhuan Rodrigues e Miullen (STA)
