“É uma pergunta que você com certeza já respondeu para muita gente e agora querem ouvir da minha boca também. Nós tínhamos talvez uma das melhores equipes, lideramos o campeonato brasileiro, não era por acaso. Não foi só isso também, mas também acredito que é uma continuação de não ter dinheiro, não contratou mais ninguém. É um campeonato muito longo, a nossa malha aérea é difícil, a gente tem que sempre pegar um voo ou outro, para poder voltar para Recife. A gente ficava nos aeroportos terríveis, a gente com um plantel pequeno, acho que o ponto principal foi o dinheiro”, disse o treinador.
Além dos problemas financeiros, o comandante ressalta que a cobrança após os títulos foi vista pelos jogadores de outra forma.“É a primeira vez que eu vou falar isso publicamente. Acho que os jogadores, não só os do Santa Cruz, em geral, passei isso no Vasco também. Quando eles (atletas) estão num momento muito mal, eles precisam de alguém para que lhe dê direcionamento e lhe agarre e seja uma boia para tirar dali de baixo. E quando eles saem de baixo, eles acham que o mérito é deles e já não ouvem mais aquela cobrança que vem de fora, que vem do treinador”, avaliou.
“Essa cobrança passa a ser chato. Antes era o chato que me ajuda a está melhorando, mas depois esse cara é um chato mesmo. Já não acreditam mais e já não aceitam mais. Por quê? Já foram campeões, já ganharam. Acredito que isso foi um dos problemas do Santa Cruz”, acrescentou.
Relembre a temporada
Em 2016, o Mais Querido conquistou dois títulos: Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano em uma semana. Numa campanha irretocável, marcada pela superação, o Tricolor do Arruda celebrou a inédita conquista do Nordestão, diante do Campinense, no Amigão. Com atuações brilhantes, principalmente, do trio de ataque formado por Keno, Arthur Kaike e Grafite. No Estadual foi campeão na Ilha do Retiro, inclusive, este foi o último título Pernambucano do Tricolor do Arruda.
