
“Domingo, o meu empresário me disse que o Santos havia me procurado de novo. Eu falei: ‘Legal, mas eu tenho jogo na segunda’. Eu já havia preparado o time, eu estava muito bem no Sport, gostaria de mandar um abraço para todos os jogadores, porque eu fui proibido de me despedir deles. Saiu que eu faltei ao treino, mas não é verdade. Eu não pude ir ao treino e praticamente todos os jogadores me ligaram”, disse Lisca.
Ainda de acordo com Lisca, a reação da torcida com a notícia do seu acerto com o Santos acabou ajudando a ter certeza de que sairia do Sport. Segundo o treinador, a situação acabou ficando insustentável pelo clima criado com os torcedores. No entanto, mesmo com a relação ruim entre as partes, Lisca destacou o seu respeito pela instituição rubro-negra e projetou um retorno ao clube.
“Mas tudo que aconteceu durante o jogo, obviamente facilitou a minha decisão. Não vou negar que eu viria de qualquer jeito. Porque já era uma definição minha e eu precisava falar com a diretoria do Sport. Eu não havia passado essa decisão para o Santos por respeito ao Sport, aos jogadores e a diretoria. Depois de tudo, ficou inviável (a permanência). Depois de tudo, eles ainda queriam que eu ficasse. O presidente gosta muito do meu trabalho, fui na casa deles e eles ficaram chateados. Eu acho que ele passou um pouco (dos limites), mas eu vou respeitar. Queria mandar um beijo para Yuri Romão. Agradeço pela oportunidade que ele me deu, mas a vida é assim”, afirmou.
“Eu optei por dar esse passo a mais na carreira indo ao Santos, sem menosprezo ao Sport. É um clube que eu valorizo, sei de sua força e quem sabe um dia eu não possa voltar para lá”, encerrou.