
O motivo da discordância é a interpretação dos artigos 85 e 86 do Estatuto do Sport, que vetam um terceiro mandato consecutivo. Yuri assumiu a presidência em outubro de 2021, após a licença do então presidente Leonardo Lopes, e depois foi efetivado até o fim de 2022, com a renúncia de Leonardo. No final do ano, ele venceu o pleito contra Luciano Bivar e seguiu no cargo em 2023/2024. Para a situação, essa será a primeira tentativa de reeleição, já que em 2021/2022 foi um mandato temporário. Entendimento contrário de muitas lideranças rubro-negras.
Por isso, a Comissão Eleitoral vai ter muito trabalho pela frente até o dia 16 de dezembro, data das eleições. O artigo 85 do Estatuto diz que “O Presidente Executivo é eleito, juntamente com um Vice-Presidente Executivo, pela AGO, em escrutínio secreto, para mandato de dois anos, sendo vetado o exercício de mais de dois mandatos consecutivos”.
Além da questão jurídica, existe também o mal-estar gerado no grupo da situação após Yuri Romão ter decidido se candidatar, mudando de ideia do que ele mesmo disse logo após o Sport ter conseguido o acesso para a Série A. “Não tenho nada contra Yuri, mas houve uma má condução pelo lado dele. Houve um almoço com todo o grupo político e que ficou pactuado uma chapa com José Roberto Moura como candidato e Raphael Campos na vice. Ele (Yuri) mudou de ideia sem dar satisfação a essas pessoas que lá estavam. Outro fato é a questão de ilegitimidade, que está gerando um grande litígio, um racha que não é bom para o clube”, disse Gustavo Dubeux em entrevista à Rádio Jornal.
Além de Yuri Romão, concorrem ao cargo pela oposição duas chapas, a de Rafael Arruda e a de Carlos Antônio Filho.

OUTRO LADO
“Yuri, quando assumiu a presidência em 2021, o fez em caráter interino, temporariamente, substituindo o titular, a quem o Conselho Deliberativo tinha concedido uma licença de seis meses. Depois, em março de 2022, com a renúncia de Leonardo Lopes, é que se deu a vacância do cargo, assumindo Yuri Romão (era o vice) nos termos do Estatuto. Yuri, portanto, só foi eleito uma vez para o cargo de presidente executivo, em dezembro de 2022, não havendo impedimento estatutário para concorrer a reeleição agora”, enfatizou o ex-advogado do Sport, Flávio Koury, em entrevista à Rádio Clube.