Mesmo com as constantes trocas, Hélio dos Anjos tem o respaldo do elenco. Isso porque o experiente comandante deixa claro que não há titularidade garantida na equipe. Baseado na ideia de garantir o equilíbrio e a consistência durante os trabalhos, o intuito é fomentar a disputa interna entre os jogadores.
Por muitas vezes, durante o Estadual, houve uma lacuna a ser preenchida no meio de campo. Com exceção de Rhaldney e Jean Carlos, ambos titulares absolutos, o setor carecia de mais um jogador para assegurar o equilíbrio da equipe. Apesar de ter começado como titular, Djavan perdeu espaço e acabou sendo preterido em algumas partidas. No entanto, Marciel e Luiz Henrique, que atuam como volantes, não conseguiram fisgar a vaga.
Ao retornar para o posto de ‘carregador de piano’ nos últimos jogos, Djavan valorizou a metodologia do técnico Hélio dos Anjos. “A entrega de todo elenco é notória, não só dos que começam, mas também dos que entram durante as partidas. O professor Hélio deixa bem claro que ele não trabalha com titularidade, o que é bom. Acredito que o conjunto do Náutico é o diferencial”.
Corroborando com Djavan, o armador Jean Carlos valorizou o processo igualitário de preparação dos jogadores. “Isso começou desde quando o Hélio chegou. Ele começou a dar atenção para todos. Criamos um grupo muito bom, no qual todos são importantes. Quando tivemos ausência, não sentimos tanto. Todos que jogam ou entram no decorrer das partidas, já sabem o que tem que fazer, sabem o jeito que a gente joga e o jeito que gosta de jogar. Criamos um entrosamento e vai ser importante nesses dois jogos finais e também para o decorrer da temporada”.
Na semifinal contra o Santa Cruz, por exemplo, Hélio dos Anjos promoveu duas mudanças técnicas. No jogo específico, o zagueiro Wagner Leonardo e o lateral direito Bryan ocuparam as respectivas vagas de Ronaldo Alves e Rafinha. Nas finais, como não há espaço para testes, a tendência é que a equipe titular seja formada pelos atletas que vêm atuando com mais frequência.
