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Fisiologista do Náutico detalha investimentos feitos para melhorar a recuperação dos atletas

Novas rotinas foram criadas pelo clube para a temporada de 2023

postado em 03/02/2023 16:44 / atualizado em 03/02/2023 16:53

<i>(Foto: Tiago Caldas/CNC)</i>
O Náutico passou por uma grande reformulação no elenco após o rebaixamento na última Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, as mudanças no clube não pararam por aí. Visando não repetir erros anteriores e buscar uma excelência maior no bem estar e recuperação dos atletas, o Timbu investiu em novos equipamentos, rotinas diárias de exames e alimentação para melhorar o desempenho dos seus jogadores em 2023. 

Em entrevista ao repórter Osmar Cordeiro, da Rádio Clube, Bruno Simões, fisiologista do Náutico, detalhou as mudanças na rotina diárias dos jogadores nos treinamentos. “A gente fez algumas adaptações em relação a última temporada, sobretudo na parte da triagem inicial, quando os atletas chegam para o treino. Implementamos a metodologia do check-in, os atletas quando chegam ao clube vão direto para a sala da fisiologia, lá a gente faz uma anamnese inicial em relação a quantidade de horas dormidas, coloração da urina, se pesam, fazemos a termografia, que uma foto dos membros inferiores dos atletas, de acordo com a temperatura corporal localizada, a gente percebe se tem alguma coisa em recuperação ainda. Em alguns casos a gente faz logo o sangue para ver se está realmente dentro dos parâmetros normais”, disse. 

Todo esse processo facilita também o trabalho do treinador Dado Cavalcanti, que com a ajuda de equipe de fisiologia, sabe com mais certeza a condição de cada atleta. “A partir daí, a gente gera um diagnóstico e entrega ao treinador quais são os atletas que estão mais descansados, os que têm alguma ressalva em relação a recuperação. Esse controle ficou mais individualizado em relação a carga. A gente consegue ter um refinamento melhor em relação a recuperação”, afirmou Bruno Simões, que também falou sobre os investimentos feitos em equipamentos. 

“O ideal a gente espelha em clubes de Série A, que são quem tem maior investimento e uma metodologia mais padronizada. O nosso objetivo é chegar lá. O investimento que foi feito inicialmente, por exemplo, foi na compra de uma máquina de gelo, a gente usa entre 300 kg e 400 kg de gelo por semana, compramos uma jacuzzi de água quente no CT, onde fazemos o banho de contraste, gelo nas banheiras e a jacuzzi de água quente”, disse o fisiologista alvirrubro. 

Outra mudança realizada foi na questão da alimentação no pós-jogo, já que os jogadores passaram a permanecer no Centro de Treinamento após as partidas do clube. “Os atletas quando acabam os jogos voltam para o CT. Mais da metade da semana eles fazem cinco refeições no clube. Elas precisam ter uma carga boa de proteína, fora suplementação. Então para a gente operacionalizar essa rotina de recuperação tem um investimento”, finalizou. 

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