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ELEIÇÕES DO NÁUTICO

Alexandre Asfora projeta futuro e debate cenário político do Náutico: 'Me coloco como terceira via'

Candidato à presidente pela Chapa Gestão e Paixão pelo Náutico conversou com o Esportes DP

postado em 21/10/2023 07:22 / atualizado em 21/10/2023 07:35

<i>(Foto: Wanderson Oliveira/DP Foto)</i>
Iniciando as sabatinas com os candidatos à presidência do Náutico, o Esportes DP conversou com Alexandre Asfora, postulante ao comando alvirrubro pela chapa “Gestão e Paixão pelo Náutico”. Em pauta, os bastidores da articulação da candidatura, a visão política e, claro, um dos temas mais discutidos nos Aflitos, a constituição e venda da SAF.

Confira a entrevista completa no YouTube da Diario de Pernambuco TV.

Quem é Alexandre Asfora?

Formado em direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Asfora é presidente do Clube Alemão de Pernambuco há seis anos e iniciou o trânsito na política alvirrubra em 2020, quando se tornou conselheiro do Náutico.

No início desse ano, o candidato assumiu a vice-presidência do departamento social do clube, mas renunciou ao cargo na última semana para deixar a atual gestão e concorrer ao comando executivo do Timbu.

Confira os principais temas da entrevista na íntegra:

Consenso para chapa única

“Na última segunda-feira (16), houve uma reunião na casa de Ricardo Breno com Edno (Melo), Aluísio (Xavier). Foi uma conversa muito produtiva que converge para um bom entendimento, mas ainda no campo da suposição, não há nada de concreto. Acho prudente aguardar a chancela das chapas junto à Comissão Eleitoral para que a gente, sabendo quem são os candidatos aptos, a gente possa tentar viabilizar uma chapa única e evitar um bate chapa”.

Relação com a situação

"Eu fiz parte da diretoria do Náutico. Isso é inegável, todo mundo sabe, mas não quer dizer que eu concordo com tudo que foi feito dentro do clube. O que é bom, a gente tem que levar adiante, enquanto o que foi ruim, a gente tem que melhorar. Eu acho que o pecado foi o futebol, foi o que deixou a desejar e todo mundo sabe”.

“Eu não fui lançado pela situação, então eu não posso dizer que eu sou uma candidatura de situação. Mas não posso dizer que eu sou oposição porque eu também não faço parte de um grupo que vinha criticando a todo custo o trabalho realizado. Então, eu vejo virtudes e problemas dentro do que foi feito. Por isso que eu me coloco numa condição de uma terceira via”.

Possível inelegibilidade do vice-presidente Diego Rocha

“A defesa está pronta e foi apresentada à Comissão Eleitoral na última sexta-feira (20). Diego (Rocha, seu candidato à vice-presidente) preenche todos os requisitos para estar apto a esta candidatura. Ele tem mais de trinta anos de idade, mais de três anos como sócio, está ininterruptamente pagando a mensalidade há mais de dois anos e não tem nenhum problema com a Lei Ficha Limpa (como exige o estatuto do clube). Então, preenche todos os requisitos (para disputar o pleito)”.

“Caso a defesa (de Diego Rocha) não seja aceita, a chapa segue de toda forma. Se ele não estiver apto na ótica da Comissão Eleitoral, não vamos criar nenhum tipo de empecilho e não vamos judicializar a questão. Vamos substituí-lo”.

SAF

“Eu me coloquei como candidato justamente por conta do cenário que se apresenta com a chegada da SAF. Eu me coloquei como candidato acreditando piamente que a SAF vai ser introduzida em até seis meses. Se ela entrasse nesse ano, seria o cenário perfeito na minha ótica. (…) Como presidente do Náutico, se eu chegar lá, vou tentar dar meios para que nosso clube cresça. Agora, se tiver a SAF, só vou poder participar fiscalizando o trabalho da SAF. O presidente da diretoria executiva ocupará uma cadeira no conselho da SAF, mas serão dez cadeiras. Então, o presidente da diretoria executiva do Náutico não vai ter poder para determinar o caminho que o futebol vai seguir”.

Recuperação judicial

“A recuperação judicial é um pré-requisito para ter um investidor interessado na SAF, pois ninguém vai colocar seu dinheiro numa agremiação que não conhece o tamanho da sua dívida. Mapeada toda a dívida do Náutico, fala-se em R$ 270 milhões, aproximadamente. Com a RJ, se estima que essa dívida possa cair para um valor em torno de R$ 70 milhões de reais, que seria pago pela SAF, é o planejamento. Então, a gente, quando observa a a possibilidade de ter a SAF a RJ, enxergamos um futuro a médio-prazo muito bom para o Náutico”.

LFF e Libra

“Eu achei que não aceitar as condições da Liga Forte Futebol foi uma decisão correta da diretoria. O Náutico, embora co-fundador da Liga Forte Futebol, recebeu um convite da Libra, então a gente tem duas possibilidades. Eu acho que o caminho agora é voltar para a Série B para depois a gente discutir de forma mais realista esse panorama”.

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