Como sair da atual crise do futebol pernambucano? Nada de falar sobre o desempenho dos gramados, já discutido e debatido por demais. Agora, precisamos é que as gestões consigam resolver as broncas financeiras que vêm se arrastando por muitos anos. Nossos clubes têm, por cultura, gastar mais do que arrecada e, ainda assim, muito mal. Porém, o que enxergo nestes últimos meses é uma preocupação clara no cuidado com as finanças. Observamos o valor da dívida do Trio de Ferro da Capital. O número chega a R$ 650 milhões – outros acreditam que pode chegar os R$ 800 milhões. Os três clubes estão com seus pedidos em Recuperação Judicial no TJPE.
Eles tinham 180 dias para apresentar o plano desta RJ para que desse início, inclusive, ao pagamento das dívidas. No Sport, o presidente Yuri Romão confirmou em reunião no Conselho o início destes pagamentos. Poderia ter mais tranquilidade. Por não ter subido, o Leão deixou de ganhar uns R$ 60 milhões, dito pelo próprio dirigente. Mas, esse dinheiro necessariamente não seria utilizado para pagar dívidas. Na Série A, um clube corre atrás de jogadores com melhor qualidade técnica e, consequentemente, salários bem mais altos, inflacionando a folha salarial. Só para ter um exemplo, o Cuiabá tinha a menor folha entre os 20 times na Série A deste ano, desembolsando R$ 3,5 milhões por mês. O Fortaleza superou a casa dos R$ 6 milhões. Torcendo para que o plano da RJ tenha sido renovado. Para que não venha uma execução específica ou o pior, a falência do clube.
Benefícios da SAFs
E vamos ao segundo ponto: as SAFs. Bem estruturada, com empresários capacitados por trás do projeto, nossos clubes podem realmente dar um basta na crise. Um bom projeto de SAF só traz benefícios, já que aprimora o modelo de gestão, alinhado com o que tem de mais moderno e eficiente no Mundo. Santa Cruz e Náutico já estão bem adiantados no tema, como a imprensa já citou em várias reportagens. No Sport, um grupo de trabalho está mais na surdina. Que seja feita toda a negociação com estes investidores e que, no tempo certo, coloque o sócio/torcedor na linha de frente deste debate.
Domínio do City
O sonho do Fluminense de conquistar seu primeiro título mundial acabou aos 40 segundos do primeiro tempo. O gol do argentino Julián Alvárez deu a vantagem e a tranquilidade suficiente para o Manchester City durante toda a partida. O placar final por 4x0 foi até pouco, diante do amplo domínio. O volume no segundo tempo foi impressionante, com uma equipe melhor preparada em todos os aspectos e um treinador que é o melhor do Mundo. Pep Guardiola levanta seu quarto título mundial (dois com o Barça e outro com o Bayern de Munique).
Mantendo seu estilo
Fernando Diniz fez o Fluminense jogar como ele gosta e todos estão acostumados. Não mudou a característica em nenhum momento. Mas perdeu força física na segunda etapa e a goleada foi construída a partir daí. Muitos pediam para que ele não começasse o jogo com Marcelo, Ganso ou Felipe Melo. Até para segurar a força da equipe inglesa nos primeiros minutos. Preferiu acreditar no seu planejamento. Não deu certo. Fica a lição!
