
No sufoco. O Náutico venceu o Afogados e chega a semifinal, em um duelo duro e difícil. O primeiro foi bem movimentado. O Timbu repetiu a fórmula de outros jogos: pressão total no início. Mas o gol não saiu e o Afogados resistiu. Com o ímpeto mais contido, o Náutico começou a deixar a Coruja trabalhar dentro do campo ofensivo. O nervosismo alvirrubro atrapalhou as jogadas ofensivas. Júlio César foi uma peça apagada e Patrick Alan pouco efetivo no meio. Na reta final, tivemos os dois lances decisivos. Primeiro, a falha infantil do goleiro Vágner, que quase deixa a bola nos pés dos atacantes do Afogados. Depois, aos 47, após bela jogada de Arnaldo na direita, a bola ficou com Paulo Sérgio, que protegeu e arrumou com carinho para Patrick Alan mandar a bomba.
Virar na vantagem era o que o Náutico precisava, para que Alan Aal pudesse reorganizar a equipe. Mas não foi assim. O Náutico voltou de camisa vermelha e deixou o bom futebol no vestiário. O Afogados retornou melhor, criando boas chances. Não se entendia o recuo exagerado da equipe alvirrubra. Os atacantes da Coruja pecavam demais nas finalizações. O Náutico precisava de algo novo e Thalissinho era essa peça. Com ele, o ataque cresceu e, aos 42, foi nele a falta do pênalti. Depois de seis minutos de conversas com o VAR, Paulo Sérgio sacramentou a vitória. E aí veio o problema com o atacante, que fez um gesto com os dedos, e mesmo que tenha sido direcionado para a sua torcida, o árbitro entendeu que foi ofensivo e expulsou o atleta. Em tempos de banir organizadas, Paulo Sérgio jamais deveria ter feito tal gesto. Vem Náutico e Retrô e com a polêmica que agitará a semana: Laércio Guerra, presidente da Fênix, tira outra casquinha pra cima do Alvirrubro ou será a vez do presidente do Timbu, Bruno Becker, ter sua vingança?
Expectativa de jogão
O quarto semifinalista será conhecido no Arruda. Santa Cruz e Central repetem o duelo da última rodada, com vitória do Tricolor. O tira-teima vale lugar nas semifinais e também a vaga na Série D de 2025. A Patativa tem problemas, principalmente ofensivo: dois gols nos últimos quatro jogos. Já o Santa Cruz contará com uma torcida inflamada no Arrudão. E quem perder, entra de férias ainda no terceiro dia de março. Tem toda uma expectativa de jogão.
Atitude x Pressão
O técnico do Santa Cruz, Itamar Schüller, deve ter trabalhado dobrado. Como treinador, preparando a melhor formação, e como psicológico, para manter o time focado contra o Central. Com casa cheia, o comportamento da torcida vai ditar o ritmo do Tricolor dentro de campo. Pressão irá acontecer se o gol não sair cedo. Cabeça fria para manter a atitude em campo. Aposto na vitória do Santa Cruz.
Para reforçar
O técnico Mariano Soso agora tem boas opções do meio ofensivo e ataque. O problema está no sistema defensivo. Na lista de reforços, dois zagueiros e um volante. O Sport é carente de um jogar mais pegador na cabeça de área. Além disso, as contusões de Thyere e Renzo abriram os olhos dos dirigentes leoninos para contratar o mais rápido possível.