
"A gente tem que rever algumas coisas. Só o trabalho não está adiantando. Tem que entrar com uma postura diferente. Botar um pé na bola e vestir realmente a camisa. Nós estamos passando vergonha", frases proferidas pelo meia Marco Antônio, ao repórter Igor Moura, da Rádio Jornal. Declarações que revelam total insatisfação e urgência de uma mudança de atitude dentro e fora de campo, especialmente com a proximidade da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e da Série C do Brasileiro. A gestão do clube parece ter cometido erros cruciais nas contratações, que impactaram diretamente o desempenho da equipe. O problema defensivo, que já se tornou crônico, deveria ser uma prioridade para a diretoria. Dois pontos são o “calcanhar de Aquiles do Timbu”: os goleiros falharam em momentos críticos, e a defesa (zagueiros e laterais) não transmite confiança.
Apesar de contar com um ataque que já marcou cinco gols, o time também acumula cinco gols sofridos, o que evidencia uma preocupante falta de equilíbrio. A decisão do técnico Marquinhos Santos de poupar jogadores em um jogo crucial contra a Patativa gerou descontentamento entre os torcedores. Embora compreensível em função da dura sequência de jogos que se aproxima, com confrontos contra Ceará e Santa Cruz, a falta de favoritismo nessas partidas só torna essencial a contratação de reforços que possam corrigir a rota da nau alvirrubra. Sem ações rápidas neste sentido, o Náutico corre o risco de não avançar nas competições que terá nesta temporada.
Evolução Tricolor
A situação do Santa Cruz é um contraste interessante. Com um terço da primeira fase do Estadual concluído, o Tricolor tem se destacado pela evolução surpreendente. Após a desastrosa eliminação na pré-Copa do Nordeste, o clube conseguiu reverter a desconfiança inicial em entusiasmo, impulsionado por um ambiente positivo tanto dentro quanto fora de campo. As promessas de reforços feitas pelo presidente Bruno Rodrigues podem acalmar mais o treinador Itamar Schülle, que vê a equipe se reerguer e fluir melhor em campo.
Destaques individuais
O Sport, por sua vez, apostou nos garotos do Sub-20 em três partidas que resultaram em empates. Apesar da falta de um futebol coletivo mais consistente e das falhas nas finalizações, o Leão acaba revelando bons destaques individuais. Não duvido que o zagueiro Marcelo Ajul seja uma opção para a estreia da Copa do Nordeste contra o Ferroviário, podendo atuar como primeiro volante e agregar um novo dinamismo à equipe.
Bagunça tática
Por outro lado, a realidade do Retrô está bem distante do que se esperava. Com a base mantida, o time enfrenta problemas físicos que têm afetado o desempenho dos jogadores. O técnico Evaristo Piza terá um desafio considerável pela frente para reorganizar a "bagunça tática" deixada pelos treinadores anteriores. Apesar das dificuldades, o Retrô possui um elenco capaz de superar esses obstáculos, mas será necessário um trabalho intenso para recuperar o tempo perdido e alcançar o nível esperado.