Com prazo excedido, Náutico ainda aguarda resposta dos investidores da SAF após questionamentos do Conselho Deliberativo
Envio dos questionamentos dos conselheiros aconteceu no dia 1º de abril e, posteriormente, o Consórcio Timbu teria apenas 10 dias para responder solicitações
Náutico segue vivendo etapas importantes para se tornar SAF (Foto: Rafael Vieira / DP Foto)
As etapas para o Náutico se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF) seguem acontecendo e as negociações parecem longe de uma conclusão. No último dia 1º de abril, o Náutico enviou os questionamentos do Conselho Deliberativo para os investidores do Consórcio Timbu, que, posteriormente, teriam apenas 10 dias para responder o solicitado. Porém, o prazo foi excedido e o clube alvirrubro segue aguardando o retorno dos investidores interessados na compra da SAF.
A expectativa é de que apenas na próxima semana as respostas e os ajustes na proposta sejam enviados pelos investidores. O Conselho Deliberativo alvirrubro espera respostas significativas e ajustes importantes em relação a proposta vinculante inicial, enviada no dia 28 de fevereiro.
Após etapa da resposta finalmente superada, será marcada uma nova reunião no Conselho Deliberativo do Náutico, para analisar as respostas e as possíveis mudanças na proposta. Caso a reunião tenha um desfecho positivo, será marcada a votação entre os conselheiros para definir o rumo da SAF alvirrubra.
Passando pelo Conselho, implementação da SAF ainda passará por votação na Assembleia Geral de Sócios. Com todo o trâmite completo, o Náutico concretiza a transição do modelo associativo para sociedade anônima.
A PROPOSTA
O Consórcio do Timbu, representado pelo ex-jogador Fransérgio Bastos e Thiago Ribeiro, é o responsável pela proposta que visa garantir um aporte de R$ 400 milhões no futebol do clube ao longo de 10 anos, englobando o profissional, base, feminino e futsal e utilizados para contratações de jogadores, pagamento de salários e melhorias no departamento. O pentacampeão Cafu será sócio da Timbu Participações, empresa que será criada para administrar a SAF alvirrubra.
No entanto, a Comissão de Projetos Estruturantes do Conselho Deliberativo do Náutico expressou uma série de dúvidas sobre a viabilidade financeira do projeto e a capacidade dos investidores.
Entre os principais questionamentos está a falta de garantias quanto aos aportes financeiros. Embora a proposta mencione um orçamento de R$ 400 milhões, a comissão destacou que o valor não inclui correções monetárias ao longo dos anos, o que poderia comprometer o poder de compra do montante no futuro. Além disso, segundo a comissão, a proposta contempla o uso da receita do clube para compor o orçamento, mas sem garantias de aportes anuais por parte dos investidores
PATRIMÔNIO E PAGAMENTO DE DÍVIDAS
Os conselheiros também lançaram dúvidas sobre a inclusão do patrimônio do clube e também sobre o processo de pagamento das dívidas. o foi vista como uma solução vantajosa para o Náutico, pois não traria benefícios financeiros imediatos.