Em fevereiro, Joaquim Bezerra foi eleito presidente do Arruda (Foto: Rômulo Chico/Esp. DP Foto)
Diante de ummovimento a favor de seu impeachment, o presidente do Santa Cruz, Joaquim Bezerra, revelou, na manhã desta quinta-feira (7), que está aberto a debater seu afastamento do executivo tricolor. Desde que haja um nome de consenso entre os conselheiros do clube para suprir a vacância de seu cargo.
“Estou recebendo (o movimento) com muita tranquilidade. É o exercício da democracia. Se há motivos para pedir o impeachment do presidente do Santa Cruz, que ele seja levado ao Conselho e o Conselho aprecie. Tenho muita tranquilidade para dizer que, até hoje, tenho conduzido o Santa Cruz com bastante lisura e austeridade”.
“Se hoje me for apresentado o nome que venha realmente assumir o Santa Cruz, que seja um nome que una todas as correntes do Santa Cruz, a gente senta na mesa para negociar. Nenhum problema em relação a isso, porque não tenho apego ao cargo. Tenho orgulho de ser presidente, mas não tenho vaidade”, disse o mandatário em entrevista à Rádio Clube de Pernambuco.
ENTENDAO PROCESSO
Visando dar início ao processo de impeachment do presidente Joaquim Bezerra, o conselheiro Rui Monteiro tem recolhido assinaturas para enviar documento ao presidente do CD, Marino Abreu. De acordo com o estatuto do clube, para afastar preventivamente o líder do executivo por 60 dias, devem ser recolhidas 1/4 das assinaturas, o que representa aproximadamente 120 conselheiros.
Nesta quarta-feira (6), Rui Monteiro revelou que a quantidade já foi atingida e que até o final da próxima semana todas as assinaturas serão recolhidas. O documento será encaminhado ao presidente do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, Marino Abreu, que terá que colocar o assunto em pauta e abrir o processo de impeachment. Assim, Joaquim Bezerra seria afastado imediatamente do cargo por 60 dias, período estipulado para a realização de uma defesa.
“Marino (Abreu) está em comunicação com a gente. Apesar dele deixar claro que não é a favor do impeachment, não está dificultando o processo, uma vez que os conselheiros, dentro do processo democrático, estão querendo avançar nesse quesito. Em paralelo ao pedido da AGE, a gente está recolhendo as assinaturas para chegar a 1/4, respaldados pelo artigo 41 do estatuto”, explicou Rui Monteiro.
“Os beneméritos, em sua grande maioria, são pessoas idosas e que não tem uma grande disponibilidade de sair para uma reunião e assinar. Então, basicamente, teremos que recolher essas assinaturas em domicílio. Eu acredito que até o final da próxima semana a gente já esteja com todas as assinaturas para encaminhar ao presidente do Conselho Deliberativo”, completou Rui.