Já fazia tempo que o presidente do executivo não se entendia bem com Marino Abreu, presidente do deliberativo. Mesmo assim, representantes de ambas as partes tiveram três reuniões de conciliação mediadas pelo desembargador Sílvio Neves Batista Filho, que não chegaram ao famoso denominador comum.
O último capítulo dessa crise foi quando o jurista deu parecer favorável para os conselheiros - mantendo a reprovação das contas da atual gestão e rejeitou a aceitação de 300 novos conselheiros. Um dia após o duro golpe na Justiça, Antônio Luiz Neto renunciou à presidência do Santa Cruz. Abrindo espaço para o vice-presidente, Jairo Rocha, assumir o cargo até que sejam realizadas novas eleições. O novo mandatário espantou o cenário de embate entre poderes e pregou a união na instituição. Diante de uma nova postura, agradou bastante o presidente do Conselho Deliberativo, Marino ABreu, que agora pretendem trabalhar junto com o Executivo em temas fundamentais para o futuro do Mais Querido como: SAF e antecipação do pleito eleitoral.
“Quem vai fazer a SAF é a torcida, indo para os sócios é a torcida que fez. Isso faz parte da nossa história, a gente se vangloria tanto que temos um estádio que foi construído pelo torcedor que levou o tijolo e o cimento. É talvez a decisão mais importante dos últimos 60 anos, o torcedor está fora. O que a gente estava lutando é só que o torcedor faça parte desse momento”, disse Marino Abreu, presidente do Conselho Deliberativo.
SAF
“A gente nunca desconfiou da competência dos profissionais que estavam envolvidos, pelo contrário temos total confiança. Mas a gente só queria participar, o torcedor merece, a gente sofreu tanto nesses últimos anos que merecemos participar desse momento. Então, até para dar uma chancela e segurança jurídica maior como todos os clubes fizeram, o Santa Cruz seria o único diferente. Mas, a gente fica muito feliz, a gente conversou e deu para sentir que a empatia foi muito grande, a conversa vai ser muito tranquila para o melhor para o clube” .
Poder do sócio
“A gente em nenhum momento esteve fechado para conversas. Pelo contrário, sempre lutamos para fazer parte da negociação. O que a gente sempre pediu foi que fosse feito pelo sócio até para dar uma chancela e uma legitimidade maior. Uma coisa é uma pessoa está negociando um clube desse tamanho sozinha e ela ter o poder de sozinha vender. Ela claro vai carregar o bônus e o ônus, mas é muito mais seguro para o clube”.
Antecipação das eleições
“A antecipação das eleições é o que nós pedimos também. Implica que a gente também está renunciando de encerrar o nosso mandato lá na frente. Mas a gente joga seis de janeiro, se um presidente assumir oito de dezembro, ele tem 20 dias, com período de natal e reveillon para formar um time para gente garantir calendário melhor. Então, a gente fica feliz pela disponibilidade do Jairo Rocha (presidente do Santa Cruz), vamos sentar e conversar, temos certeza que vamos encaminhar muito bem”.
