O Santa Cruz aguarda apreciação da medida cautelar junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pleitear uma vaga na Série D deste ano. Apesar dos esforços, a diretoria coral lida com a situação atual - sem atividades no futebol profissional até o final do ano. Diante disso, o presidente do clube, Bruno Rodrigues traçou medidas que vêm sendo tomadas para suprir a ausência de calendário.
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“Nós temos um planejamento muito complicado, porque diferente dos outros clubes nós não temos receitas, estamos no momento crítico. Temos a esperança de jogar a Série D neste ano, infelizmente, até o momento não obtivemos êxito. Dito isso, não teríamos condições de arcar com a folha. No início tínhamos um teto x e depois fomos aumentando para ficar mais competitivos. Mas não conseguimos manter, porque teoricamente não temos o que disputar”, explicou.
Renovações
Entre as medidas que vêm sendo tomadas para exonerar a folha salarial, vem sendo adotado a política de empréstimos. Os primeiros foram o técnico Itamar Schülle e o gerente de futebol Francisco Sales que foram cedidos até o restante da temporada de 2024. Com o término da Série D, a dupla voltará ao Arruda para tocar o planejamento do próximo ano.“Achamos importante renovar o (Francisco) Sales, assim como tínhamos o (Itamar) Schülle, para termos a volta deles ao final da Série D. Eles vão para o Retrô, mas terminou a Série D voltam imediatamente para começar a pré-temporada e fazer um planejamento diferenciado, com uma espinha dorsal", analisou.
O Mais Querido, até o momento, permaneceu com cinco atletas que foram contratados para a temporada: Lucas Siqueira e Henrique Lordelo (volantes); Matheus Melo (meio-campista); Pedro Bortoluzo e Gilvan (atacantes). Esses jogadores que já possuem contratos de longo prazo serão emprestados. Como foi o caso do volante Lucas Siqueiro que foi cedido ao Botafogo-PB até o final da Série C. “Inclusive, a renovação com vários atletas que nós estamos fazendo no momento. Estão sendo feitas até o final de 2025, emprestando esses jogadores, para que eles joguem e voltem logo depois para participar da pré-temporada", apontou.
Empréstimo do Arruda
Sem a garantia de jogos profissionais neste o ano, o Santa Cruz busca firmar uma parceria com o Retrô para que o estádio do Arruda seja a casa da Fênix na Série D em 2024. Segundo Bruno Rodrigues, a iniciativa partiu do Tricolor, uma vez que o reduto coral tem um elevado custo de funcionamento. Com o aluguel, o Mais Querido iria conseguir manter a estrutura de manutenção do estádio.“A questão que vi que foi muito mal colocada, não sei se por má fé, incompetência, ou qualquer outra coisa que seja. Dizendo que a gente ia emprestar o estádio. Veja o Arruda é o principal símbolo do nosso clube. É um equipamento muito caro para se manter. Vocês sabem como a gente pegou o estádio”, iniciou o mandatário.
“É um equipamento caríssimo para se manter com calendário, imagine sem. Isso foi um pedido pessoal da nossa diretoria. Eu conversei com Laércio (Guerra) e fiz o apelo para ele trazer os jogos do Retrô para o Arruda, simples assim. Para gerar receita para o clube, para gerar movimento. Não como colocaram, como se fosse uma coisa banal. Então, viemos fazer essa correção, como se fosse uma coisa simples de emprestar, não tem nada disso. Vai ser feito um contrato, foi um pedido nosso para o Retrô jogar no Arruda. Como podemos ter jogos de outros times aqui no Arruda. Temos que dar finalidade ao estádio, para que possa gerar receitas para manter o clube”, completou.
Medidas para aproximar o torcedor
Segundo o vice-presidente, Marcos Benevides, o Tricolor do Arruda vem articulando nos bastidores medidas que possam aproximar o contato com os torcedores durante esse período sem jogos. Aproximação com a torcida é tido como fundamental para manutenção da base de associados que, no momento, se encontra com mais de cinco mil sócios.“Temos nas redes sociais uma maior interação com o torcedor, onde é notável que o torcedor se viu com um clube aberto, mais próximo. Estamos imbuídos em manter para o restante do ano. Estamos preparando algumas ações de marketing para que a gente não só manter o número de sócios. Ou até mesmo elevar esse número de sócios, porque é muito importante essa receita pro clube”, ressaltou.
“Temos bastante responsabilidade com a estrutura e máquina do clube para que a gente possa enfrentar esse desafio que seja continuar o ano com pagamento de salários em dia. E que a gente possa entrar no ano de 2025 de forma mais leve”, finalizou.