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Eleito, Milton Bivar cita impacto do processo eleitoral no Sport e afirma ter levado só 'porrada' no mandato anterior

Segundo o mandatário, desgaste eleitoral atrapalhou desempenho da equipe; Bivar também lamentou falta de apoio nos últimos dois anos

postado em 10/04/2021 00:38 / atualizado em 10/04/2021 01:07

<i>(Foto: Arnaldo Sete/DP Foto)</i>
Na eleição mais disputada da história, Milton Bivar alcançou a reeleição. Com uma distância de apenas 38 votos para Nelo Campos, o experiente mandatário seguirá na presidência do clube até o final de 2022. Após triunfar nas urnas, em entrevista à Rádio Clube, o presidente relatou o desgaste do processo eleitoral dentro do clube, que, segundo ele, influenciou nas quatro linhas. 

“Essa eleição estava perturbando do roupeiro até o presidente. Eu nunca vi um negócio tão demorado, tão desgastante como foi essa eleição. Com agressões diretas semanalmente, diariamente, em alguns diretores meus. Em mim, nem se fala. Isso perturbou e nitidamente foi passado para o plantel. Nesse último jogo do Sport, os jogadores estavam instáveis psicologicamente. Você nota isso nos erros individuais. Jogadores que, há 40 dias, venceram o Internacional no Beira Rio. Os jogadores não desaprenderam, estão abalados psicologicamente. Mas eu não quero dizer que foi só a eleição”, disse Milton. 

Caminhando para o segundo mandato consecutivo no Sport, Milton Bivar disse ter sofrido apenas ‘porrada’ e traição desde que assumiu o cargo. Ao ser perguntado sobre uma suposta tentativa de união dentro do clube, Bivar falou que ‘escuta’ essa conversa há tempos e lamentou o fato de não ter tido apoio suficiente nos últimos dois anos. 

“No Sport, eu ouço, desde menino, esse negócio de união. Tem até uma máxima: ‘O Sport unido, jamais será vencido’. Eu entrei na cadeira em 2019 e só fiz levar porrada e traição. Eu não sei o que está se passando no clube. O clube herdou um negócio muito ruim. Eu espero, por si só, pela natureza, pela consciência das pessoas, que isso mude, que acabe, para podermos unir o clube. A partir do momento que você senta na cadeira, você é traído por pessoas que deveriam justamente fazer o contrário, tentar unir, conversar, equilibrar as ações, apoiar a direção, mas nunca teve apoio. Nesses dois anos, foi trabalhando e levando ‘cacete’,” disparou. 

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