“Não tem o que fazer. O Sport vai ter que pagar”, apontou o vice-presidente Jurídico, Rodrigo Guedes, em entrevista à Rádio Clube de Pernambuco. "O pedido inicial da reclamação dele chegava a quase R$ 21 milhões, na soma de todos os pedidos do atleta. Hoje está por volta de R$ 12 a 15 milhões na decisão. Ainda não é uma decisão definitiva, cabe recurso, e precisa ser liquidada para chegar ao real valor mais na frente. Mas estamos estudando as contas e vamos tentar reverter para uma melhor situação ao Sport.”
Para o gestor leonino, resta ao clube buscar um novo acordo para o pagamento. “A saída é tentar um parcelamento e cumprir. Foram obrigações assumidas no passado, e que o Sport tem que cumprir. Foi feito um contrato num valor muito elevado, por um longo tempo, e que o clube não cumpriu.”
Porém, chegar a um novo acordo com Rithely não será uma tarefa fácil. Rodrigo Guedes afirma ainda que tem tentado conversar com o atleta antes mesmo da última audiência, mas sem sucesso. “A gente vem tentando, conversando com o jogador, com o advogado dele, tentamos fazer o acordo. Inclusive, muito antes da sentença. Mas não conseguimos”, disse o vice-jurídico, antes de reiterar que só assumirá um parcelamento possível de ser cumprido pelo Sport.
“É um valor muito elevado que ele quer (para chegar a um novo acordo) e a gente não tem como pagar. Não adiantava fazer um acordo e não cumprir. E isso a gente não faz. Todos os acordos da atual gestão, nós estamos cumprindo”, garante.
Rodrigo Guedes apontou ainda o contrato realizado com o jogador como elevado para o potencial financeiro do Sport à época. “Em 2020 ele ingressou com essa ação, pedindo a rescisão indireta. Rithely tinha um contrato feito no começo daquele ano, com a duração de três anos. Na rescisão indireta, o atleta impugna algo que não estava sendo pago, e ele tem uma verba de indenização do saldo dos salários. Só isso dá mais de R$ 8 milhões, e aí vem direito de imagem, salários atrasados de outros períodos anteriores, FGTS, férias… Vai somando e somando. Era um contrato feito com um salário muito elevado, e quando vai somando fica essa quantia absurda.”
