Darley foi o herói da Fênix de Camaragibe na reta decisiva da Série D (Foto: Sandy James/DP FOTO)
O melhor lugar para um goleiro ter protagonismo é, sem dúvida, nas penalidades máximas. Em quatro disputas de pênaltis na sequência do mata-mata, Darley defendeu oito cobranças que levaram o Retrô à final da Série D. Em entrevita exclusiva ao DP Esportes, o herói da Fênix de Camaragibe, revelou que no início da carreira se espelhava no seu pai, mas ressaltou a admiração por goleiros como Taffarel e Marcos, que brilharam pela Seleção Brasileira.
“Sempre se espelhei no meu pai quando era criança. Dos outros goleiros sempre tem que tirar um pouquinho de cada um. Lembro muito também quando era mais novo, na questão da copa de 94, o Taffarel ficou bem marcado. O Marcos também que era um excelente pegador de pênalti”, disse o arqueiro.
Longe das missões mais fáceis, os goleiros treinam diante da tarefa de proteger um gol que possui sete metros de largura por 2,5 metros de altura, contra um chute que se origina a apenas 12 metros de distância. Sem técnica especial, Darley acredita que dois fatores são cruciais nos pênaltis: o estudo dos batedores e a concentração no momento decisivo.
“Eu costumo olhar bastante as coisas do adversário pelos analistas. Assim, como todo o time faz, eu creio. No momento é muita concentração, pedindo a Deus discernimento para capacitar”, afirmou.
Na Fênix de Camaragibe, Darley assumiu a titularidade apenas no último jogo da primeira fase. De lá para cá, o goleiro se tornou um fenômeno nas cobranças de pênaltis. O arqueiro fez questão de ressaltar o trabalho no diário para se manter preparado até que pode agarrar a oportunidade no time.
“O dia a dia é sempre com muito trabalho, dedicação o máximo. Eu sabia que poderia pintar uma oportunidade e teria que estar preparado. Trabalhei bastante para que quando chegasse a oportunidade, eu pudesse agarrar. Agora, é continuar mantendo os pés no chão, trabalhando bastante também para conseguir esse título”, destacou.
Confira números de Darley no mata-mata da Série D:
Segunda fase - Retrô 0 (7) x (6) 0 América-RN - Três pênaltis defendidos
Oitavas de final - Manauara 2 (1) x (4) 0 Retrô - Um pênalti defendido
Quartas de final - Brasiliense 1 (2) x (3) 1 Retrô - Dois pênaltis defendidos
Semifinal - Itabaiana 0 (3) x (4) 1 Retrô - Dois pênaltis defendidos