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SUPERCLÁSSICO EM PE

FIFA cogita adiar clássico entre Brasil e Argentina na Arena de Pernambuco; entenda

Federação Internacional se reunirá com a CONMEBOL nesta quinta-feira para definir a data do Superclássico; presidente da FPF esclarece

postado em 03/03/2021 12:25 / atualizado em 03/03/2021 13:02

<i>(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)</i>
Marcado, inicialmente, para 27 de março de 2020, o retorno da Seleção Brasileira aos gramados pernambucanos está próximo de ser adiado mais uma vez. Agora, o Superclássico das Américas, entre Brasil e Argentina, definido oficialmente pela FIFA para o dia 30 deste mês, pode ser transferido para o segundo semestre - na próxima janela internacional. A informação foi publicada pelo colunista Marcel Rizzo, do portal UOL, confirmada e esclarecida à reportagem do Esportes DP pelo presidente da FPF-PE (Federação Pernambucana de Futebol), Evandro Carvalho.

“Todo esforço é para, naturalmente, manter o jogo. Contudo é notório que há riscos que não são de hoje. Desde a segunda onda da pandemia da Covid-19 na Europa e o aumento de casos no Brasil. Todas as possibilidades para viabilizar, manter o jogo sem público, por exemplo, estão sendo pensadas. É possível que o jogo seja realizado, mas trabalhamos com a possibilidade, com o agravamento da situação e medidas preventivas da FIFA, de não ocorrer. Tudo isso está sendo analisado, mas não há uma posição oficial da FPF tomada”, disse Evandro, que garantiu que a partida, se adiada para o segundo semestre, ocorrerá na Arena de Pernambuco. 

Monitorada diariamente pela FPF, a definição da data do primeiro clássico entre os países em Pernambuco desde 1994 está a uma reunião virtual entre o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e o representante da CONMEBOL, Alejandro Dominguéz, que acontecerá nesta quinta-feira (4). De acordo com a imprensa internacional, os representantes da Federação Internacional são contrários à ocorrência da janela internacional de março, quando o Brasil enfrenta, em Barranquilla, a Colômbia e, no Recife, a Argentina, por conta de questões logísticas.

O motivo do posicionamento da Instituição está no bloqueio imposto por entidades internacionais para atenuar o deslocamento de atletas entre países. Contrária, a CONMEBOL entende que, embora os casos de Covid-19 aumentem no continente, é possível alterar a regra que desobriga clubes a liberarem atletas às seleções - sancionada para 2021 por conta da pandemia. CBF e FPF, respectivamente, concordam com o posicionamento da Confederação Sul-americana.
 
PÚBLICO NO CLÁSSICO

Embora Pernambuco tenha sido o primeiro estado do Brasil a adquirir a tecnologia do ‘passaporte de vacinas’, certificado que está em discussão pela União Europeia para permitir a livre circulação de viajantes pelo continente, o baixo número de vacinados no estado, de acordo com Evandro Carvalho, é um dos fatores que dificultam o trabalho realizado pela FPF para garantir, parcialmente, a presença de público nas arquibancadas da Arena. 

“Pernambuco foi o primeiro lugar da América Latina que assinou o convênio da tecnologia do passaporte da vacina. Já temos a tecnologia e toda condição de realizar a logística. Para isso funcionar, evidentemente, precisamos ter todas as pessoas vacinadas. Só podemos certificar quem foi efetivamente vacinado. Nós temos um índice muito pequeno de vacinados”, disse o manda-chuva da Instituição se referindo aos 3,3% de pernambucanos imunizados.

Além disso, o presidente esclarece que um jogo de interesses entre a AFA (Associação de Futebol Argentina) e a CBF ronda os bastidores da CONMEBOL.

“A Argentina não conseguiu firmar o convênio, não tem a tecnologia e a AFA reclama sobre o fato do jogo no Brasil ter público e o marcado para novembro, em Buenos Aires, a princípio não. Isso é uma questão a ser avaliada pela CONMEBOL”.

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