
Pedro Bravo, presidente da Associação Espanhola de Agentes de Futebolistas (AEAF), deu origem à polêmica ao criticar na quinta-feira no programa de televisão Chiringuito Show da Espanha as comemorações de Vinícius, que costuma dançar depois de marcar gols.
Bravo disse que o atacante tem que "respeitar o adversário" e que, "se quer sambar", deve fazer isso no Brasil: "Tem que respeitar os companheiros de profissão e deixar de se comportar como um macaco".
O astro Pelé reagiu com uma mensagem em suas redes sociais na qual afirma que, "apesar de que o racismo ainda exista, não permitiremos que isso nos impeça de continuar sorrindo".
"Continuaremos combatendo o racismo desta forma: lutando pelo nosso direito de sermos felizes", acrescentou o 'Rei'.
O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain, compartilhou uma foto dançando com Vinícius, seu companheiro de Seleção.
"BAILA, VINI JR", escreveu Neymar no Twitter.
A CBF publicou uma breve nota no Instagram na qual se "solidariza" com Vinícius, "alvo de declarações racistas".
Por sua vez, o Real Madrid "rechaça todo tipo de expressão e comportamentos racistas e xenófobos" e informou que acionou seu departamento jurídico para "empreender ações legais" contra qualquer pessoa que proferir ofensas racistas contra seus atletas.
Havi Hernández, treinador do Barcelona, defendeu que "cada um comemore como quiser" seus gols, "mas sem faltar com o respeito".
Em meio à repercussão e aos protestos, Bravo se desculpou.
"Quero esclarecer que a expressão 'hacer el mono', que usei mal para qualificar a dança de comemoração, tem um sentido metafórico ('fazer besteiras')", escreveu em um tuíte.
"Como minha intenção não foi ofender ninguém, peço sinceramente perdão", acrescentou.
%u270A%uD83C%uDFFF%uD83D%uDDA4! Obrigado pelo apoio! Eu não vou parar! #BailaViniJr pic.twitter.com/h3RsmwYAYw
— Vini Jr. (@vinijr) September 16, 2022