
A polêmica teve início com o historiador Michael König, que chamou a atenção para a semelhança entre o design dos números nas camisas e o símbolo da SS, conhecido por sua ligação com o Partido Nazista, incluindo a Gestapo e os guardas dos campos de concentração. A repercussão foi imediata, gerando debates acalorados nas redes sociais e na mídia alemã.
Diante da situação, a Adidas se apressou em se pronunciar, negando qualquer intenção de evocar o simbolismo nazista. O porta-voz da empresa, Oliver Brüggen, afirmou que a personalização com o número 44 seria bloqueada e reiterou o compromisso da marca em combater o ódio, a violência e a discriminação em todas as suas formas.
Vale ressaltar que essa controvérsia surge em um momento de grande transição para a seleção alemã, que se prepara para trocar de patrocinador. A Nike, gigante americana do vestuário esportivo, assumirá o lugar da Adidas a partir de 2027, encerrando uma parceria de mais de sete décadas entre a marca alemã e a equipe nacional.
A mudança de patrocinador gerou reações mistas na Alemanha, com alguns criticando a decisão por alegada falta de patriotismo, inclusive com o envolvimento de membros do governo. Apesar das críticas, a Federação Alemã de Futebol (DFB) se mostrou confiante na nova parceria, estimando um contrato de 100 milhões de euros por ano (cerca de R$ 540 milhões) com a Nike.