Joel Santana, Bebeto; veja como se saíram os candidatos do esporte nas urnas
Bancada esportiva manteve tradição dos últimos pleitos ao tentar engrenar candidaturas. Joel Santana, Bebeto e Dinei ficaram fora, mas Eduardo Bandeira de Mello e Maurício de Souza se elegeram
A tendência de candidatos esportistas pleiteando os mais variados cargos nas eleições gerais foi mantida em massa no pleito de 2022. Neste ano, diversos nomes com fama pelos feitos nos gramados e nas quadras se candidataram. Porém, nem todos conseguiram seguir o exemplo de Romário e sair das urnas com vitórias. Personagens como Joel Santana, Tandara e Rodriguinho ficaram de fora. Por outro lado, Maurício de Souza, do Vôlei, e Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, se elegeram como deputados federais.
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Ídolo de muitos pelos títulos conquistados como treinador por grandes clubes como Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, Joel Santana pleiteou um cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro. Apesar da fama, o agora político de 73 anos ficou bem longe de conseguir uma vaga na Câmara dos Deputados. No pleito deste domingo (2/10), o candidato do Pros foi a preferência de apenas 2.184 votos. Outro técnico a falhar foi Gilson Kleina. No Paraná, ele foi escolhido por 840 pessoas.
Grande parceiro de Romário na Seleção Brasileira durante a campanha do tetracampeonato da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, Bebeto tentou seguir a trajetória do ex-companheiro de ataque e se candidatou para uma vaga a deputado federal pelo Rio de Janeiro. O eterno camisa sete até se saiu bem nas urnas e recebeu 25.016 votos. Entretanto, não conseguiu ser eleito como um dos representantes do estado na Câmara dos Deputados nos próximos quatro anos.
Também do futebol, o ex-meio campista Douglas, com passagem por Vasco, Grêmio, Corinthians e Brasiliense, conseguiu 35.538 votos. O número de eleitores conquistados não foi suficiente para confirmar uma vaga na Câmara dos Deputados. Porém, o Maestro Pifador, aposentado desde 2020, quando deixou o Jacaré, foi suficiente para o ex-camisa 10 conquistar um lugar como suplente pelo Rio Grande do Sul, estado onde atuou por boa parte da carreira.
Do vôlei, dois nomes se lançaram como candidatos. Condenada a quatro anos de suspensão por doping, a brasiliense Tandara Caixeta tentou ser federal por São Paulo. Porém, foi a preferência de apenas 7.412 eleitores paulistas. Ex-membro da Seleção Brasileira masculina, Maurício Souza pleiteou o mesmo cargo, mas por Minas Gerais. Concorrendo pelo PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro - de quem é apoiador -, o central recebeu 83.395 votos e garantiu um lugar em Brasília.
Políticos com passagem pela diretoria do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello e Marcos Braz apostaram na força da torcida rubro-negra para conseguirem uma cadeira do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados. Um dos responsáveis pela recuperação financeira que impulsionou a retomada do time campo, o ex-presidente conquistou 72.720 eleitores e se elegeu. O atual vice de futebol do clube carioca teve um desempenho inferior e recebeu 38.622 votos e pode acabar como suplente.
No Distrito Federal, a presença de Leila do Vôlei (PDT), quinta colocada na corrida pelo Palácio do Buriti vencida por Ibaneis Rocha (MDB), não foi a única relacionada a um ex-esportista. Maior detentor de títulos do futebol candango, Rodriguinho Belchior disputou uma vaga de deputado federal pelo Solidariedade. Porém, não teve sucesso na empreitada como político. O ex-jogador de times como Brasiliense e Gama recebeu o voto de 2.736 votos e ficou de fora da lista de eleitos.