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PAREDÕES

No Dia do Goleiro, relembre camisas 1 que já fizeram história pelo futebol pernambucano

Sport, Santa Cruz e Náutico já revelaram goleiros de destaque. Não só para no Brasil, assim como para o mundo

postado em 26/04/2023 08:02 / atualizado em 26/04/2023 10:23

<i>(Foto: Arquivo DP)</i>
A máxima mais certeira do futebol é a que diz: "Todo bom time começa com um goleiro." E, poucas vezes, o roteiro foge disso. O dia 26 de abril marca uma data comemorativa para uma das posições mais ingratas do futebol: a de goleiro. Celebrada há mais de cinco décadas, a efeméride é uma homenagem ao pernambucano Manga, que teve passagem marcante pelo Sport nos anos de 1950. 

Em homenagem aos lendários camisas 1 que já passaram pelo futebol pernambucano, o DP Esportes relembra, numa verdadeira viagem nas areias do tempo, grandes nomes do Trio de Ferro da capital, formado por Náutico, Santa Cruz e Sport. 

Os paredões do Leão

Haílton Corrêa de Arruda, recifense, nascido a 26 de abril de 1937, é considerado um dos mais importantes goleiros da história do futebol brasileiro. Não por acaso. Jogando sem luvas, venceu sua única taça pelo Leão em 1958, sendo um dos personagens no título do Campeonato Pernambucano. Deixou a Ilha do Retiro no ano seguinte. 
<i>(Foto: Arquivo DP)</i>

No Sul e Sudeste, Manga conquistou títulos importantes, como a Taça Brasil de  1968 e os Campeonatos Brasileiros de 1975 e 1976. Foi premiado com a Bola de Prata Placar nos anos de 1976 e 1978. Pelo Nacional do Uruguai, foi tetracampeão uruguaio (1969-1972), campeão da Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 1971. Foi ainda campeão equatoriano pelo Barcelona de Guayaquil em 1981, aos 44 anos de idade.

Além de manga, o maior ídolo da história do Sport, quando falamos em camisas 1, é Magrão. Alessandro Beti Rosa chegou sob ares de desconfiança, e demorou a se firmar entre os titulares. Quando assumiu a titularidade, entrou para a história. De diversas formas, diga-se. O goleiro deixou a Praça da Bandeira em 2019, 14 anos depois da chegada ao clube, onde se sagrou como o maior detentor de jogos e títulos, com 732 partidas e 10 troféus.

Outros nomes também merecem destaque, como o de Emerson Leão, que fez história na seleção brasileira e, após se despedir das traves, foi técnico do Sport em 1987 e no início dos anos 2000. País, Osvaldo Baliza, Paulo Victor, Bosco, e Gilberto, merecem, no mínimo, menções honrosas. 
<i>(Foto: Divulgação)</i>

Os paredões da Cobra Coral
 
No Santa Cruz, a posição costuma ser bem servida, principalmente no Século XIX. Na década de 1980, um duelo de ídolos marcou época no Arruda. De um lado, Birigui; do outro, Luiz Neto. A primeira taça da dupla veio em 1983, exatamente no ano em que a Cobra Coral faturou o tri-supercampeonato. 

Outro nome emblemático que passou pelas Repúblicas Independentes do Arruda foi o de Barbosa, goleiro da seleção brasileira na Copa de 1950. Cinco anos mais tarde, chegou à Cobra Coral, mas, apesar de boas atuações, não conquistou taças. 

Se puxarmos pelo século atual, a unanimidade entre os torcedores corais tem nome e sobrenome: Tiago Cardoso. No Santa, ganhou status de "santo". O currículo reprime qualquer negativa sobre, já que foram seis temporadas (2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016), além de uma série de taças erguidas.
 
Dentre elas, foram, nada mais, nada menos, que cinco Campeonatos Pernambucanos (2011, 2012, 2013, 2015 e 2016), além de três acessos e dois títulos inéditos: o da Copa do Nordeste e o da Série C. Tiago deixou o Santa no início de 2020. 

Os paredões do Timbu 

A história também foi escrita pelas bandas da Rosa e Silva. Entre os grandes nomes, estão o lendário Neneca, o responsável por colocar o Timbu no Guinnes Book, o livro dos recordes. Em 1974, estabeleceu a maior minutagem sem tomar gols no futebol: incríveis 1.636 minutos. A marca só foi superada somente uma vez, em 1978, por Mazaropi, do Vasco, com 1.800, considerando as partidas pelo Brasileirão e pelo Carioca.

Vestindo as cores vermelha e branca, Hélio Miguel, o Neneca, conquistou dois títulos. O mais importante foi o do Campeonato Pernambucano de 1974, além da Taça Governador Cortez de 1975, realizada no Rio Grande do Norte. 

Outro que brilhou debaixo das traves alvirrubras foi Mauri. Goleiro incontestável, com passagens marcantes pelo Náutico. O arqueiro foi herói do título Estadual de 1989, quando protagonizou uma de suas melhores atuações da carreira no clássico contra o Santa Cruz, no Arruda. O Náutico venceu por 2 a 1. 

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