A queda de Dado Cavalcanti era esperada. Os últimos resultados mostram que o treinador não estava conseguindo tirar mais nada do Náutico. A derrota para a Aparecidense, sábado, mostrou bem isso. Time apático, sem força ofensiva, sem marcação, sem vontade. Um tal de “sem” que irritou a torcida. O time tem carências de peças, mas deveria apresentar algo mais dentro de campo. Ainda tinha gente na diretoria que gostaria de manter Dado. Porém, tinha que mudar. Para alguns, poderia ter sido antes do início da Série C. Particularmente, esperava que o Timbu entrasse no Brasileiro com uma pegada diferente do que vimos nas eliminações da Copa do Nordeste e do Pernambucano. Acreditava que seria o Náutico de alguns jogos neste primeiro semestre, como aquele do primeiro jogo contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil. Essa equipe poderia reaparecer, mas ela não veio. Como sumiu o futebol, cai o treinador. Otávio Augusto, que está no Sub-20, comanda o Alvirrubro, que encara o Floresta, na segunda que vem. Isso se a diretoria não correr para anunciar o novo treinador ainda na semana. Não sei como irá resolver a pendência junto à CNRD, que impede a regularização de reforços (o que inclui o técnico também). Os zagueiros Wesley Júnior e Danilo Cardoso treinam com o elenco, mas não podem ter seus nomes inscritos no BID. E como resolver mais essa bronca?
Sozinho?
Além de Dado Cavalcanti, o executivo Nei Pandolfo também deixou o Náutico. Ele estava no clube desde agosto do ano passado, não evitou o rebaixamento e pouco produziu até agora. Agora, um detalhe: se as decisões no futebol eram feitas em conjunto, com todos os membros do departamento, qual motivo de apenas Pandolfo deixar o clube?
Retrô
O Retrô também mudou de treinador. Mas, assim que Dico Woolley caiu, a diretoria já apresentou Marcelo Martelotte, ex-Santa Cruz e Sport. Martelotte vai ter um bom grupo para trabalhar, em um ambiente mais tranquilo, principalmente financeiro. Bem diferente da última vez que esteve no clube do Arruda.
Os dois lados
Ponto fora de casa: importante. Atuação da equipe em campo: Preocupação em alta. O resultado do Sport diante do Ituano pode ser visto nestes dois lados. Somar pontos fora de casa em uma competição como a Série B é válido. Mas o rendimento do time foi bem abaixo do que estamos acostumados a ver. Preocupa, pois tem uma decisão já amanhã, pela Copa do Brasil.
Sinceridade
Um lance do jogo Remo e Amazonas, pela Série C, chamou a atenção. A árbitra Charly Wendy Straub Deretti marcou um pênalti do zagueiro Thiago Spice, do Manaus, em Muriqui, atacante do Remo. Nas imagens, ninguém viu nada, porém o zagueiro confirmou que tocou no rival, dizendo que as críticas contra a árbitra foram injustas. E, ele falou que “espero ter esclarecido e vida que segue”. Parabéns pela sinceridade!
