Histórico, a festa das 18.233 pessoas presentes na Ilha do Retiro (Foto: Rafael Vieira/DP FOTOS)
Histórico!
Sob todos os aspectos. Sob todos os ângulos. Sob o maior acolhimento e o carinho que uma torcida já passou na história do futebol pernambucano. Sem xingamento. Sem agressões verbais. Sem críticas pessoais. “Foi inacreditável e ficará na história do clube”. Palavras do dono do jogo. Vagner Love. Lembrei-me dos jogos escolares na década de 80. Nóbrega, Salesiano, São Luís, Damas, Marista, São Bento, Boa Viagem, Santa Maria… durante uma semana, por volta do mês de outubro, as torcidas, crianças, adolescentes, enfim, alunas e alunos, enchiam as quadras dos principais colégios pra cantar, defender sua escola, gritar (e que agudos alcançavam), vibrar, TORCER! O substantivo torcida deriva do verbo torcer. Esse é o seu papel. Xingar, depreciar, sacudir objetos, invadir gramado… agredir! Não é isso. Isso é a distorção dos problemas sociais e do estresse diário, que se transformou em “direito do pseudo torcedor”. Havia limites. Uma relativa educação, uma noção mais lúcida sobre os direitos e deveres do torcedor. Até os marginais invadirem o futebol. Oriundos dos bailes funks da periferia (reprimidos pela polícia) eles se bandearam para três torcidas uniformizadas e levaram o terror para os estádios e arredores deles. Nesse sábado, 20/05/2023, pela primeira vez em Pernambuco, somente mulheres, crianças e pessoas com deficiência, puderam adentrar um estádio de futebol. E que exemplo deram. Que lição de moral passaram. Aplicaram uma tapa de luva de pelica nos marmanjos que, ao invés de comparecerem aos estádios para incentivar e torcer, passaram a assistir aos jogos para extravasar problemas, esculhambar jogadores, dirigentes e até componentes da imprensa. Tô falando de uma minoria. A grande maioria, tem bom senso. E eu tô me referindo, agora, a torcedores. E não aos marginais. Foi emocionante ver, constatar, apesar do péssimo primeiro tempo do time (um dos piores do ano na análise do próprio Enderson Moreira), o apoio incondicional à equipe leonina. A preleção do intervalo basicamente foi: voltem lá e retribuam o carinho e o amor que elas, mulheres e crianças, repassaram pra vocês. Enderson não precisou dizer mais nada. Os caras voltaram transformados e empolgados num Sport focado em devolver carinho. Afeto. Devolver o amor derramado no gramado pelas 18.233 pessoas presentes. O comandante dessa ação, que marcou os dois gols rubro-negros da segunda etapa, não poderia ter codinome mais representativo: Love. Vagner Love. Inesquecível!
Não rendeu um grande futebol. Sofreu. Mas venceu. E era o que importava. Perante 30 mil tricolores (torcida do Santa: Eu te amo!), uma vitória de seis pontos. O Campinense é adversário direto no G4. Ganhou três e tirou três. Grande, imponente vitória. Assim seja, tricolor. Mas evolua nas questões técnica e tática.
Que Náutico?
Hoje nos Aflitos, um imprevisível Náutico estará em campo diante do Floresta (CE). Sob o comando do jovem Otávio Augusto, oriundo da base e que passou também pela base do Sport, a equipe, que vive a expectativa quanto à contratação do novo comandante, irá pro jogo ancorada em dois pontos. O primeiro, entrosamento. Não haverá, praticamente , mudanças no time que vinha jogando. E segundo, o apoio do torcedor alvirrubro que, como de sempre, impulsionará o time em busca da vitória. Bola por bola, sou mais Náutico.
Vitória, já!
Três jogos, três empates. O Retrô na penúltima posição do Grupo 4 da Série D. Lembrando que os quatro mais bem colocados se classificarão. No próximo final de semana, Martelotte & Cia receberão o Atlético BA tendo como resultado único, a vitória. No sábado passado, pelas circunstâncias da partida, o empate contra o Bahia de Feira foi comemorado. O time pernambucano alcançou o empate aos 43 minutos do 2o tempo, com um gol de Luisinho. Mas chega de empatar. Já foram três. Deu! Sábado será vencer ou vencer.